Já em relação à saída de jovens valores qualificados para o estrangeiro, Nuno Botelho chama a atenção para a última estimativa da FEP sobre a matéria, segundo a qual “existe, nos últimos oito anos, uma perda média anual de 21 mil licenciados”. Além disso, acrescenta o próprio, “importa recordar os dados do Observatório da Emigração, que apontam para o facto de um em cada três cidadãos portugueses, com idades compreendidas entre os 15 e os 39 anos, estarem a viver fora do país”.
Uma estimativa do Observatório da Emigração, divulgado em janeiro, mostrou que 850 mil jovens que têm entre 15 e 39 anos deixaram o país e residem atualmente no exterior, com impacto na fecundidade e no mercado de trabalho.
Piora muito a situação o fato de a maior parte dos indivíduos em idade ativa optar por tentar a vida nos países vizinhos: segundo o Observatório da Emigração, 30% dos portugueses entre 15 e 39 anos.
Duarte fala ao Contacto quando o Governo luso anuncia uma série de políticas na proposta de Orçamento de Estado para tentar o regresso daqueles que partiram. Como Duarte, cerca de 30% dos portugueses (850 mil) entre os 15 e os 39 anos já vivem fora do país, segundo o Observatório da Emigração, cujo mais recente estudo indica que a taxa de emigração mais alta da Europa é a de Portugal, uma das mais elevadas no mundo.
Cerca de 30% dos portugueses (850 mil) entre os 15 e os 39 anos já vivem fora de Portugal, segundo o Observatório da Emigração, cujo mais recente estudo indica que a taxa de emigração mais alta da Europa é a de Portugal, uma das mais elevadas no mundo.
Além da idade média, mudou o perfil de quem emigra. Três estudos sobre a emigração portuguesa publicados em 2021 pelo Observatório da Emigração (baseados em dados de 2012 a 2015) elegiam a ciência, informática e matemática; ciências sociais, comércio e direito; engenharia, indústrias transformadoras e construção como as principais áreas de trabalho e formação dos emigrantes nacionais. Não há dados consolidados mais recentes. “Sabemos que tem havido uma crescente emigração qualificada, nomeadamente para os países do norte da Europa e que acontece nomeadamente no sector terciário, mas ainda não conseguimos apurar mais do que isso”, admite Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório.
“Hoje sabe-se que quanto mais desenvolvidos são os países maiores são também os movimentos migratórios, tanto de entrada como de saída”, sublinha Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração. Isto mostra que nem só da busca de melhores salários se faz a emigração, mesmo que o peso desse fator seja claro. “Verificamos que há um grande desfasamento salarial entre Portugal e os principais países de destino, que enquanto se mantiver não torna provável que a emigração se reduza”.
Segundo o Observatório da Emigração, cerca de 850 mil jovens, equivalentes a 30% da faixa etária entre os 15 e os 39 anos, saíram de Portugal, atraídos por oportunidades de trabalho no estrangeiro. As principais razões para esta emigração incluem o aumento vertiginoso dos custos de aluguer, os baixos salários e as condições de trabalho inadequadas. Atualmente, o salário mínimo mensal é de 870 euros, enquanto o salário médio mensal é de 1.640 euros, um dos mais baixos da Europa.
Os dados dos Censos 2021 não deixam margem para dúvidas: houve uma diminuição da população jovem em Portugal e um aumento da população idosa. E, como se não bastasse, “a população jovem apresenta taxas de desemprego mais elevadas”, lê-se no relatório final disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É por isso que os jovens portugueses procuram oportunidades de emprego, melhores salários e estabilidade laboral lá fora. Aliás, 30% dos jovens com idades entre os 15 e os 39 anos emigraram, estando hoje a viver no exterior (são 850 mil pessoas), segundo estimou no início do ano o Observatório da Emigração.
Os incentivos visam combater a devastadora fuga de cérebros de jovens em Portugal. De acordo com o Observatório da Emigração cerca de 850 000 jovens – 30% daqueles com idades compreendidas entre os 15 e os 39 anos – abandonaram o país em algum momento e vivem no estrangeiro devido aos baixos salários e às más condições de trabalho no país de origem. O país tem uma população de 10,4 milhões de pessoas.
O responsável citou dados do Projecto REMIGR - que procura compreender a dimensão e características dos novos movimentos de emigração portuguesa - do Observatório da Emigração e da Fundação Manuel Francisco dos Santos sobre emigração em Portugal entre 2001 e 2020.
No que toca à emigração, entre 1 e 1,1 milhões de portugueses emigraram (os dados do INE e do Observatório de Emigração não são muito díspares) desde 2011, muitos dos quais são jovens qualificados. A motivação maior prende-se com alcançar um mercado laboral mais dinâmico e num melhor equilíbrio entre o rendimento e o custo de vida, face àquele que o nosso país tem oferecido.
Quase um em cada três jovens nascidos em Portugal vive hoje fora do país, segundo dados recentes do Observatório da Emigração, reportados em janeiro de 2024.
O Observatório da Emigração estima que 30% dos jovens nascidos em Portugal vivem atualmente fora do país. Este dado, quando analisado em conjunto com a elevada taxa de emigração, coloca Portugal numa posição alarmante: é o país com a maior taxa de emigração da Europa e com uma das maiores do mundo, com 1,5 milhões de portugueses a emigrar nas últimas duas décadas. Adicionalmente, segundo a Pordata, somos o 4.º país mais envelhecido do mundo. Estes números devem-nos preocupar a todos e evidenciam que Portugal está a perder uma parte significativa do seu capital humano, particularmente aquele que tem as características e competências para impulsionar a economia e a inovação nacional.
A Alemanha juntou-se ao “clube” de Viktor Órban e, numa tentativa de conter a “migração irregular”, apertou os controlos nas fronteiras. A medida vai vigorar durante pelo menos meio ano e, apesar de ser contrária ao princípio da livre circulação na União Europeia, não pode ser vetada por Bruxelas. “O que aconteceu já é mau: a extrema-direita não precisa de ganhar eleições para ter as suas teses concretizadas”, diz Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório de Emigração.
Podemos não querer a exigência a que obriga um país mais produtivo e mais rico. Mas a saída de tantos portugueses que não conseguem um ordenado suficiente para uma vida razoável devia fazer-nos pensar.
Os portugueses continuaram a emigrar em grande número para a Suíça no ano passado. Segundo dados do Office Fédéral de la Statistique, citados pelo Observatório da Emigração, em 2023, entraram no país 12.652 portugueses, o maior número desde 2015 e o correspondente a uma taxa de 27,2% na diáspora portuguesa durante esse ano.
A qualidade de vida e os elevados salários fazem com que muitos portugueses ainda continuem a procurar trabalho na Suíça. Sair de Portugal para procurar emprego neste país é uma tradição com décadas, mas é importante, antes de emigrar, informar-se e preparar-se bem – até porque há regras a cumprir.
“Temos ótimos projetos profissionais e empresas muito comprometidas com a capacitação do talento”, afirma Miguel Gonçalves, CEO do Magma Studio. Nem sem antes lembrar que “precisamos de salários mais altos e impostos mais baixos”.
Neste P24 ouvimos o sociólogo Rui Pena Pires, director científico do Observatório das Emigração.
Em 2023, pela primeira vez, os Países Baixos superaram o Reino Unido nos valores anuais de emigração. Bons salários e condições de trabalho são elogiadas, mas também se sente crise na habitação.
Numa publicação no Facebook apresenta-se um gráfico com dados sobre diplomados em cursos do Ensino Superior. A partir desses dados sublinha-se que "tendo Portugal a quinta maior taxa de emigração de licenciados na Europa, todos os anos 20 mil recém-licenciados deixam o país". Verificação de factos.
De acordo com os dados mais recentes do Observatório da Emigração, baseados nas estatísticas do Centraal Bureau voor de Statistiek, o organismo oficial de estatísticas neerlandês, o número de portugueses a emigrar para os Países Baixos atingiu um novo recorde em 2023, com um total de 4.892 entradas. Este valor representa um crescimento de 7,9% face ao ano anterior, consolidando uma tendência que tem vindo a acentuar-se nos últimos anos.
Em 2023, de acordo com dados do Observatório da Emigração, mais portugueses emigraram para a Holanda do que para o Reino Unido.
Quase 5 mil portugueses mudaram-se para os Países Baixos em 2023. Os dados divulgados hoje pelo Observatório da Emigração indicam que aquele país europeu se está a consolidar como o quinto destino mais escolhido pela emigração portuguesa. “É o valor mais elevado que temos em registo. Tem sido um dos países que mais consistentemente tem crescido. Nós tínhamos tido uma quebra em 2020 com a Covid mas, desde aí, tem subido exponencialmente, tendo agora quase atingido as 5.000 entradas portuguesas“, afirma a investigadora Inês Vidigal. “Tem duas vertentes: é o aumento que tem acontecido para os Países Baixos e o desaceleramento que tem existido da emigração para o Reino Unido. Com estes dois fatores conjugados, o Reino Unido passou a estar abaixo dos Países Baixos como destino de escolha dos portugueses“. Apesar de ainda não existirem dados consolidados de 2023, a investigadora do Observatório da Emigração indica que “o que se prevê é que Espanha, Suíça, França e Alemanha continuem como os principais países da emigração portuguesa, acima dos Países Baixos“.
A mudança no destino de emigração de jovens qualificados já era esperada, mas em 2023 concretizou-se: Países Baixos ultrapassaram o Reino Unido do “Brexit” e do custo de vida elevado.
Em 2023, e segundo os dados do Observatório da Emigração, os portugueses emigraram mais para os Países Baixos do que para o Reino Unido.
No ano passado emigraram para os Países Baixos 4.892 portugueses, o valor mais elevado desde o início do século, de acordo com os dados do Observatório da Emigração, com base nas estatísticas do Centraal Bureau voor de Statistiek, o organismo oficial de estatísticas neerlandês.
Há três anos que aumenta o número de portugueses que escolhem ir viver para os Países Baixos: em 2023, foram quase 5 mil. Já as saídas para o Reino Unido voltaram a descer e atingiram o valor mais baixo dos últimos 20 anos
A Federação Académica do Porto (FAP) apela a um Pacto de Regime pela Juventude entre os partidos políticos com assento parlamentar para "reformas estruturais" e "políticas públicas estáveis para reter talento em Portugal”. O apelo assinala o Dia Internacional da Juventude, que se assinala nesta segunda-feira.
Filipa Pinho investiga os fenómenos migratórios. Os estudos mostram que “há uma correspondência direta entre as oportunidades no mercado de trabalho e os ciclos de migração”, diz a investigadora associada do Observatório da Emigração e integrada no CIES-ISCTE. Quando participou no estudo “Empreender 2020 - o regresso de uma geração preparada”, percebeu que não são programas, como o Regressar, que trazem os portugueses que estão lá fora de volta. Os baixos salários são um bloqueio e o emigrante está “numa negociação constante” entre a razão e o coração.
Os últimos dados do Observatório da Emigração, ligado ao Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), apontam para mais de 50 mil cidadãos nascidos em Portugal a viver na Venezuela.
O Observatório da Emigração define o termo ‘emigrante’ como um indivíduo que deixa um país e vai viver para outro pelo menos por doze meses. Um ensaio de Clara Simões Coelho (+ Liberdade).
É coordenadora executiva do Observatório de Emigração, cresceu em Óbidos e é investigadora no ISCTE sobre imigração e emigração.
Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração, alerta que o fim abrupto da manifestação de interesses pode levar a uma desregulação na entrada de imigrantes em Portugal. Este aviso surge num contexto em que os Países Baixos se preparam para se tornarem um dos principais destinos da emigração portuguesa, tendência que deverá continuar a aumentar.
Em entrevista ao Público, Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração, considera que o “fim abrupto” da manifestação de interesses não vai resolver os problemas e vai contribuir para uma maior desregulação de entrada de imigrantes.
Rui Pena Pires, o coordenador científico do Observatório da Emigração, afirmou em entrevista ao Público que também “preferia uma suspensão temporária”, explicando que as curvas do emprego e das entradas de imigrantes em Portugal são paralelas: “há mais emprego, há mais imigrantes; há menos emprego, há menos imigrantes”.
Os dados recentes, do Observatório da Emigração, revelam um cenário crítico para os jovens, com dificuldades no acesso ao mercado de trabalho, remunerações abaixo da média e obstáculos no acesso ao Ensino Superior, fatores esses que contribuem para a elevada taxa de emigração e insatisfação entre a geração mais nova.
Emigração voltou a subir em 2022, ainda que se mantenha abaixo do registado em 2019 e longe do nível de há dez anos, durante o período da Troika. Reino Unido deixou de ser o principal destino da emigração portuguesa.
O número de portugueses a emigrar voltou a crescer para níveis pré-pandemia. Os números do Observatório da Emigração apontam para 70 mil saídas em 2022. Espanha foi o país que mais emigrantes acolheu.
Em 2022 houve cerca de 70 mil portugueses a emigrar, mais cinco mil do que em 2021, segundo o relatório estatístico “Emigração Portuguesa 2023”, esta terça-feira divulgado. O número aproxima-se dos 80 mil registados em 2019, o último ano antes da pandemia. Ao JN, Rui Pena Pires, coordenador do Observatório da Emigração – responsável pelo estudo –, refere que o aumento não é preocupante, desde que os números estabilizem no nível atual.
Em 2022 terão saído do país 70 mil pessoas. Dados de 2021 apontam para a emigração de 65 mil portugueses, mais cinco mil dos que os inicialmente previstos.
A emigração portuguesa foi maior do que se pensava em 2021 e 2022. Os dados foram atualizados pelo Observatório da Emigração. Rui Pena Pires, o coordenador do relatório estatístico divulgado hoje, afirma que o aumento, apesar de não ser muito grande, é significativo. Em 2021 emigraram 65 mil pessoas, mais 5 mil do que tinha sido estimado. Em 2022, foram 70 mil.
O Observatório da Emigração atualizou os dados referentes às saídas de portugueses: em 2021 emigraram 65 mil pessoas, mais 5 mil do que tinha sido estimado. Em 2022, foram 70 mil. Edição Isabel Gaspar Dias
De acordo com as estatísticas do Observatório da Emigração, 30% dos jovens que estudam em Portugal partem todos os anos depois de se formarem, na procura de uma melhor qualidade de vida noutros países. Tendo em conta este cenário, “decidimos criar esta academia em 2024, com o objetivo de reunir conhecimento – métodos de trabalho – e ao mesmo tempo oportunidades, combatendo a emigração excessiva”, revela Aleknaite.
O Observatório da Emigração publicou em janeiro o Atlas da Emigração Portuguesa: só nos últimos 20 anos, o país viu sair mais de 1,5 milhões de cidadãos. No total, existem cerca de 2,2 milhões de cidadãos na diáspora portuguesa.
Em declarações à Lusa, o coordenador científico do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires, sublinha precisamente que, “olhando para os dados, há algo que chama a atenção, que é o facto de, apesar de continuar a haver emigração para a Suíça, e em números significativos todos os anos, a população nascida em Portugal a residir na Suíça tem vindo a diminuir, o que só é possível por haver neste momento mais regressos para Portugal do que saídas” para o país helvético.
Em declarações à Lusa, o coordenador científico do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires, sublinha precisamente que, "olhando para os dados, há algo que chama a atenção, que é o facto de, apesar de continuar a haver emigração para a Suíça, e em números significativos todos os anos, a população nascida em Portugal a residir na Suíça tem vindo a diminuir, o que só é possível por haver neste momento mais regressos para Portugal do que saídas" para o país helvético.
Em declarações à Lusa, o coordenador científico do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires, sublinha precisamente que, "olhando para os dados, há algo que chama a atenção, que é o facto de, apesar de continuar a haver emigração para a Suíça, e em números significativos todos os anos, a população nascida em Portugal a residir na Suíça tem vindo a diminuir, o que só é possível por haver neste momento mais regressos para Portugal do que saídas" para o país helvético.
Quem tem estudado esta questão em profundidade é a socióloga Liliana Azevedo, investigadora associada do Observatório, especializada em migração de regresso e envelhecimento e mobilidade, e autora de uma tese de doutoramento intitulada “Partir ou ficar? Transição para a reforma e migração de regresso de casais portugueses na Suíça”.v
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