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OEm Working Papers
Os OEm Working Papers disponibilizam resultados preliminares de pesquisas sobre a emigração portuguesa decorrentes de projetos de investigação, dissertações de metrados, teses de doutoramento ou outras atividades científicas. A sua publicação visa estimular debates suportados pela investigação sobre as questões migratórias. São bem-vindos comentários sobre os textos publicados e novas propostas de edição. Os OEm Working Papers são sujeitos a avaliação independente por especialistas (peer review) e têm um âmbito internacional, estando definidas, como línguas de publicação, o português, inglês, espanhol, francês ou italiano.

As instruções para apresentação de originais estão disponíveis nesta página para download em PDF. Os OEm Working Papers aceites para publicação serão disponibilizados nesta página eletrónica em formato PDF. Os direitos de autor pertencem aos respetivos autores. As propostas devem ser enviadas para observatorioemigracao@iscte-iul.pt

Coordenação  Cláudia Pereira
Periodicidade  Anual
ISSN  2183-5438 (online)
  
Diogo Queijo
Neste trabalho faz-se uma análise crítica dos números sobre a população portuguesa em Macau durante o período 1800-1850, disponíveis numa série de tabelas designadas por “mapas populacionais”. Este “mapas” são de periodicidade irregular, iniciando-se no ano de 1803 e terminando em 1849. O seu estudo permite identificar a evolução da população portuguesa por sexo e assim aferir o equilíbrio entre homens e mulheres naquele território. O período é caracterizado por um reduzido crescimento da população portuguesa, mas um aumento considerável na relação de masculinidade.
Francisco Esteves
A entrada para os anos 60 marcou uma mudança na tipologia da emigração portuguesa, caraterizando-se por uma recentralização dos fluxos migratórios para o continente europeu, no qual França assumiu principal destaque. Dentro do vasto corpo bibliográfico construído à volta do tema da emigração portuguesa para França, a ausência de estudos sobre as numerosas comunidades portuguesas da Alsácia motivou a elaboração de um estudo sobre os portugueses de Colmar. Este artigo constitui uma primeira tentativa de desenhar a organização da sua comunidade nos primeiros tempos.
Mariana Guerra
Após décadas de invisibilidade, a emigração portuguesa voltou ao centro das atenções, mediante o crescimento exponencial de saídas, a partir da década de 2010. Atendendo a esta nova realidade emigratória, procura-se neste estudo apurar quais os fatores que atuam como determinantes do processo de integração dos novos emigrantes nos países de destino. Para tal, procedeu-se a uma análise quantitativa, tendo por base dados do projeto de investigação REMIGR, que permitiu apurar o peso de um conjunto de fatores no processo de integração, sendo eles: idade, género, qualificações, capital social, tempo de estadia e língua oficial do país de destino.
Raquel Xavier Rocha, Jennifer McGarrigle e Alina Esteves
O processo do Brexit introduziu incertezas no futuro migratório dos migrantes da União Europeia que vivem no Reino Unido. Esta investigação explora as representações que os emigrantes portugueses residentes no Reino Unido fazem sobre a saída do país da União Europeia e a forma como o Brexit alterou as suas aspirações migratórias. Estes portugueses delinearam os seus planos num contexto de falta de garantia acerca dos direitos futuros de residência no país e, apesar de os rendimentos anuais, o grau de instrução e o tempo de residência destes cidadãos se terem revelado determinantes na forma como experienciam e reagem ao Brexit, este não alterou as aspirações migratórias e planos de vida dos emigrados no Reino Unido. Embora seja responsável por um sentimento de insegurança entre os emigrados portugueses no Reino Unido, a pouca interferência do Brexit nos planos migratórios dos respondentes revela que esta é uma “mobilidade líquida”.
Paula Caldinhas
A mobilidade de profissionais de saúde nos países da União Europeia insere-se no fenómeno da globalização, com o aumento de fluxos migratórios internacionais e intercontinentais de bens e pessoas. No contexto de expansão da circulação de profissionais e de serviços de saúde entre os países da União Europeia, este estudo foca o tema da mobilidade de profissionais de saúde e tem como objetivo analisar os efeitos da mobilidade profissional na cultura organizacional e profissional das instituições de saúde. Para tal foi realizado um estudo qualitativo, com entrevistas individuais semiestruturadas a profissionais de saúde, recrutados por conveniência, originários de Portugal e atualmente estabelecidos noutros países europeus, com análise temática dos dados obtidos, usando as categorias previamente definidas de acordo com a literatura publicada sobre o tema: motivos, vantagens e desvantagens, barreiras, diferenças observadas entre serviços e instituições.
Alexandra Rosa Ferro
Este artigo apresenta as principais conclusões de um estudo sobre os discursos de identidade de migrantes de duas vagas migratórias distintas: uma primeira chegada ao Reino Unido nas décadas de 80 e 90, menos escolarizada e com um modo de incorporação centrado na etnicidade; e outra, chegada depois de 2000, mais jovem e tendencialmente mais escolarizada que rejeita os modos de incorporação da geração anterior. Tem por base entrevistas realizadas a emigrantes portugueses residentes em Londres em 2016.
João Vasco Coelho
As práticas de desempenho de trabalho em contexto internacional vieram trazer novas condições de ação e de interação para indivíduos e organizações, para a gestão nas e das organizações. O presente working paper apresenta a expatriação organizacional como modalidade específica de exercício de trabalho global, definidora de contextos de integração social particulares que propiciam a diferenciação de trajetórias e a personalização do desempenho de papéis atribuídos. Partindo da análise de estudos de caso e de fontes estatísticas secundárias, a dificuldade do momento de regresso do indivíduo expatriado é equacionada como ilustração empírica da especificidade dos quadros de socialização constituídos por práticas organizacionais de expatriação.
Sónia Ferreira
Neste texto faz-se uma breve caracterização dos meios de comunicação social produzidos pelos emigrantes portugueses e seus descendentes. Não se procede, contudo, a uma análise descritiva e cronológica ordenada, utilizando-se antes, para olhar esta realidade de forma problematizante, questões que, para o efeito, se identificam como estruturais. A discussão realizada com base nessas questões é ilustrada com exemplos de diversos contextos empíricos, nomeadamente de França, Canadá e Brasil.
José Carlos Marques
Estudo preliminar sobre os empresários portugueses no exterior, centrado no caso dos portugueses no Luxemburgo. Na primeira parte, caracteriza-se a evolução da emigração portuguesa para aquele país e a sua inserção no mercado de trabalho. Na segunda, aprofunda-se o conhecimento sobre as atividades empreendedoras dos emigrantes portugueses e analisam-se diferentes fatores com impacto sobre a criação e o desenvolvimento de práticas empreendedoras entre os portugueses no estrangeiro.

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