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Emigrantes portugueses elegem os seus representantes na A.R. dia 27
2009-09-11
No próximo dia 27 de Setembro os emigrantes portugueses são chamados a votar para a Assembleia da República.

By: Melissa Costa

       Existem dois círculos para a emigração, um para a Europa e o outro Fora da Europa, neste último encontrando-se o maior número de emigrantes no continente americano, principalmente nos estados da Califórnia, Massachusetts, Rhode Island e New Jersey. Também se vê uma presença forte de emigrantes portugueses no Brasil, na Venezuela, na Argentina, no Uruguai, na África do Sul, em Angola, em Moçambique, em Macau, em Hong Kong e na Austrália.
      Os Partidos na lista para fora da Europa são PS, PPM, MEP, MMS, B.E., MPT, PSD, PPV, CDS, PCTP, P.N.R., PND e PCP.
      Segundo a Lusa, há mais de três décadas que apenas PSD e PS elegem deputados nos círculos da emigração.
O PSD apresentou dois candidatos para a lista da Fora da Europa: Rosa Simas, professora na Universidade dos Açores, investigadora, escritora e tradutora e José Cesário, professor do ensino básico, deputado, ex-secretário de estado da administração local e das comunidades portuguesas.
      A lista do PS pelo Círculo Fora da Europa é encabeçada pelo actual deputado à assembleia da república eleito pelos Açores, Renato Leal de 56 anos, professor reformado, deputado à assembleia legislativa da Região Autónoma dos Açores entre 1998 e 2005 e foi ainda presidente da Câmara Municipal da Horta. Ocupando o segundo lugar da lista está José Duarte, empresário e membro do conselho das comunidades em Santos, Brasil. Aos lugares de suplentes concorrem Maria das Dores Faria, que reside na Venezuela, e o jornalista José Rocha Diniz, de Macau.
      Durante uma visita à região de Fall River e New Bedford, Rosa Simas, candidata do PSD para a lista da Fora da Europa, falou com O Jornal sobre a necessidade de um maior apoio para as comunidades portuguesas fora da Europa.
      "Se pensarmos bem na conjuntura política actual as comunidades portuguesas que emigraram para França, Bélgica etc., são consideradas europeias," disse Simas. "São emigrantes, mas não bem, porque são cidadãos da Europa, estão muito integrados no continente e numa conjuntura política que os acolhe. Com estas comunidades daqui tem- se feito muito pouco e também são fundamentais."
      Rosa Simas diz conhecer a realidade destas comunidades visto também já ter sido emigrante nos EUA.
      "Preocupa-me muito, eu sei o que é a luta para se manter a língua, o ensino da língua. Sou com muito orgulho imigrante a dobrar porque fui imigrante nos Estados Unidos mas também nos Açores me sinto imigrante. Há muitas questões que precisam de ser trabalhadas e reforçadas, desde das políticas de transporte , às redes consulares, aos meios de comunicação... é um desafio."
      Para ela, "estamos numa nova era, onde existe outros desafios, com uma imigração estancada."
      Como tal, há que atrair o interesse dos descendentes dos imigrantes. "Tudo isto tem de ser trabalhado através de intercâmbios, ligações e pontes. A campanha Comunidades 21 são fontes para uma nova era. Estamos no século 21 e há novos desafios, a imigração está diferente, as realidades das nossas comunidades são diferentes. Temos que lutar para criar e reforçar as pontes que já existem, através de novas tecnologias, como o voto electrónico, a própria representação de imigrantes na assembleia legislativa dos açores, as contas poupança imigração, há toda uma política de apoio às comunidades que se podia reforçar," referiu.
      Paulo Pisco, que coordenou a escolha dos candidatos nos círculos da Emigração, disse à Agência Lusa que a elaboração das listas teve em conta "a representatividade dos países e das secções do PS no estrangeiro em termos eleitorais e a necessidade de uma boa cobertura e abrangência em termos geográficos no que respeita à localização das comunidades portuguesas".
      O responsável socialista adiantou que, durante a campanha, os candidatos irão colocar a tónica na acção "reformista" do Governo em termos nacionais e das comunidades, apoiados num programa eleitoral que, segundo afirmou, "pretende dar uma nova dimensão às políticas para as comunidades portuguesas, valorizando mais a sua estrutura governativa".
      Por seu lado, Paulo Pisco, que coordenou a escolha dos candidatos PS nos círculos da Emigração, disse à Agência Lusa que a elaboração das listas teve em conta "a representatividade dos países e das secções do PS no estrangeiro em termos eleitorais e a necessidade de uma boa cobertura e abrangência em termos geográficos no que respeita à localização das comunidades portuguesas."
      Pisco adiantou que, durante a campanha, os candidatos irão colocar a tónica na acção "reformista" do Governo em termos nacionais e das comunidades, apoiados num programa eleitoral que, segundo afirmou, "pretende dar uma nova dimensão às políticas para as comunidades portuguesas, valorizando mais a sua estrutura governativa."
      Segundo a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI), cerca de 167 mil boletins de voto para as eleições legislativas foram enviados para os emigrantes portugueses, dos quais 94.471 foram para Fora da Europa, cujos eleitores votam por carta.            As instruções para votar são as seguintes: Os eleitores residentes no estrangeiro vão receber por correspondência em casa o boletim de voto, assinalam com uma cruz no boletim e dobram em quatro. Colocam o boletim de voto no envelope verde sem mais nada e fecham-no. É importante, nunca escrever nada no envelope verde, nem colocar lá dentro outro papel além do boletim de voto. De seguida, colocam o envelope verde dentro do envelope branco, devidamente preenchido, com uma fotocópia, dos dois lados, do cartão de eleitor, ou na sua ausência, colocam a cópia de uma certidão de eleitor emitido pelo consulado respectivo.

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