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Festival de Setembro “Nós, Migrantes”
No dia 8 de setembro, o Observatório da Emigração, inserido no Festival de Setembro em Ourém, realiza o seminário ‘Trajetórias da emigração portuguesa’, das 10h00 às 15h30, em formato híbrido, com o objetivo de abordar o panorama atual da emigração portuguesa.

Inspirada no tema “Nós, Migrantes”, o município de Ourém organiza o Festival de Setembro, nos dias 8, 9 e 10 de setembro, com o intuito de “abordar a relação entre o Património Cultural, a História do Lugar e a Interculturalidade”, com iniciativas e diálogos em torno da diversidade cultural, inspirados “nas trajetórias da emigração oureense para França, Reino Unido, Brasil, Angola, Moçambique, a par de todos os outros destinos do mundo”.

Link zoom https://videoconf-colibri.zoom.us/j/92530055686

Mais informações sobre o Festival aqui.

 

Resumo

O seminário propõe-se abordar o panorama atual da emigração portuguesa, bem como interpelar e refletir sobre as trocas culturais e representações identitárias construídas a partir das trajetórias migratórias.

Painéis temáticos  Emigração atual e histórica; efeitos nos locais de origem: as casas dos emigrantes; efeitos do regresso dos emigrantes aos locais de origem.

Programa

10h00 | Sessão de abertura

Cláudia Pereira (Observatório da Emigração, CIES-Iscte, Instituto Universitário de Lisboa)

Presidente da Câmara Municipal de Ourém - Luís Miguel Albuquerque

Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

Alto Comissariado para as Migrações 

Centro em Rede de Emigração em Antropologia (CRIA)

 

11h00 | Painel 1  Emigração atual e histórica

Moderação  Cláudia Pereira (Observatório da Emigração, CIES-Iscte, Instituto Universitário de Lisboa)

Carlota Moura Veiga e Inês Vidigal
(Observatório da Emigração, CIES-Iscte, Instituto Universitário de Lisboa)

Caracterização da emigração portuguesa no século XXI

A emigração portuguesa cresceu nas vésperas do 25 de Abril, regrediu para níveis mínimos depois daquela data, voltou a crescer a partir de meados dos anos 80, acentuou-se no início do novo século, reduziu-se na crise financeira de 2008, atingiu de novo máximos históricos em 2013 e voltou a diminuir, lentamente, desde então. Em termos comparados, Portugal é hoje um país de repulsão migratória, característica que partilha com a maioria dos estados do Leste europeu. Nesta comunicação, apresentamos a história recente da emigração portuguesa, identificamos os mecanismos e episódios que a explicam e discutimos os problemas metodológicos envolvidos no seu estudo.


Victor Pereira
(IHC NOVA-FCSH)

A ditadura de Salazar e a emigração. O Estado português e os seus emigrantes em França (1957-1974)

 

12h00 | Painel 2  Efeitos nos locais de origem: as casas dos emigrantes

Moderação  Carlota Moura Veiga (Observatório da Emigração, CIES-Iscte, Instituto Universitário de Lisboa)

Ana Saraiva
(CRIA NOVA-FCSH)

Casas (pós-)rurais entre 1900 e 2015: expressões arquitetónicas e trajetórias identitárias


António Afonso de Deus
(Universidade Lusófona)

Do lugar da Casa, à Casa como Lugar. A casa do emigrante luso-brasileiro na valorização da Arquitetura e do espaço urbano

As casas que os emigrantes luso-brasileiros edificam, nos lugares de onde partem, revelam-se exemplares únicos, com um reconhecido valor arquitetónico e urbano. Nos locais onde a emigração para o Brasil adquire um muito expressivo número, como se verifica em Oliveira de Azeméis, terra natal de Ferreira de Castro, as casas que os emigrantes de «torna-viagem» edificam, apresentam uma carga simbólica, que transporta renovados significados, vivificados na arquitetura da casa e do lugar onde se inserem. A Casa como Lugar reflete sobre esse fenómeno, sobre a importância de valorizar essas arquiteturas, pela sua carga histórica, pelo seu interesse cultural, multidisciplinar.

 

14h30 | Painel 3  Efeitos do regresso dos emigrantes aos locais de origem

Moderação  Inês Vidigal (Observatório da Emigração, CIES-Iscte, Instituto Universitário de Lisboa)

João Baía
(ICS-ULisboa)

Lugar de partida, de regresso ou de passagem? Impacto das migrações numa aldeia raiana em Trás-os-Montes

Nesta comunicação serão apresentados alguns dos resultados de uma investigação que procurou, através do estudo das trajetórias migratórias, perceber diferenças e semelhanças, no que respeita à ligação com a aldeia de partida, entre migrantes internos e internacionais ao longo do tempo. A aldeia de Montesinho foi o lugar escolhido para estudar diferentes tipos de migrações e direções e seus efeitos nesse mesmo lugar. As práticas migratórias estudadas desenvolveram-se mais entre lugares do que entre países, constituindo densas correntes migratórias translocais. Irá propor-se uma tipologia para analisar diferentes possibilidades de retorno identificadas e questionar-se o futuro desta localidade, situada em Trás-os-Montes, a norte de Bragança e na fronteira, que apresenta várias características semelhantes a várias localidades de vasto território nacional rural, de norte a sul do país, um espaço cada vez menos estudado, mais exposto a lógicas extractivistas (indústria mineira, produção florestal, agricultura intensiva, turismo), sem uma real auscultação das populações afetadas, funcionando como um espaço de reserva para futuros usos. 

 

Fátima Velez de Castro
(Universidade de Coimbra, Departamento de Geografia e Turismo da FLUC, CEIS20 / RISCOS)

A representação das/os migrantes no cinema. Conceção de mapas mentais e de anatopias a partir da análise fílmica

 

Observatório da Emigração Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
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