FR
Início / Recursos / Recortes de imprensa / 2009
Conheça os depósitos com as melhores taxas
2009-08-20
Emigrantes O mês de Agosto marca todos os anos o regresso a casa de milhares de emigrantes portugueses. Depois de um ano fora do país de origem, esta é muitas vezes a altura ideal para cuidar das poupanças. O Negócios consultou as ofertas de oito bancos. Veja aqui os melhores depósitos.

Com Agosto, chegam também os emigrantes. Depois de um ano longe da terra natal e dos seus familiares, é neste mês do Verão que a maioria dos portugueses a trabalhar no estrangeiro vem a Portugal. Entre festas e romarias, as férias são também muitas vezes a altura ideal para pôr em ordem as suas poupanças e procurar as melhores soluções de investimento. O Negócios consultou as ofertas de oito bancos nacionais e procurou os melhores depósitos a prazo concebidos para os portugueses que trabalham fora do país.

Com ofertas para todos os gostos, os bancos portugueses não deixaram escapar indiferente este momento e lançaram várias campanhas promocionais destinadas aos emigrantes. Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, BES, Banco BPI, Santander, Barclays, Montepio e Popular disponibilizam um leque de soluções de investimento pensadas exclusivamente para residentes no estrangeiro. Os juros variam entre 1% e 3,70% (ver tabela ao lado).

Com depósitos para prazos mais curtos, desde um mês, ou mais longos, até oito anos, os bancos portugueses entraram na guerra pela conquista das poupanças dos emigrantes. Com vários produtos por instituição, o Negócios seleccionou o melhor depósito a prazo de cada banco. A melhor oferta encontrada é um produto promocional comercializado pelo Barclays, que oferece uma taxa de juro média de 3,7%. Com uma remuneração bastante atractiva, de 2,75%, para um depósito a um ano, surge também o Santander.

Para os prazos mais longos ou em renovações do depósito, as instituições pagam ainda prémios de permanência, como acontece com o Millennium bcp e a CGD. Mas, atenção, se alguma destas soluções se adapta a si, esteja atento, porque a subscrição de muitos destes produtos apenas está disponível até ao final do Verão. A grande maioria dos bancos nacionais aproveitou a chegada dos emigrantes para lançar campanhas promocionais. O Montepio Aforro Emigrante é um dos produtos cuja adesão está limitada até ao dia 28 de Agosto. O mesmo acontece com o Barclays, cujo período de subscrição do Depósito a Prazo Boom II termina no final do mês.

Remessas de emigrantes cruciais
Apesar de, nos últimos anos, as remessas de capital enviado pelos emigrantes portugueses terem vindo a diminuir, estes depósitos desempenham um papel fundamental no equilíbrio das contas portuguesas. Durante anos, as poupanças dos portugueses no estrangeiro representaram uma importante fatia dos depósitos dos bancos nacionais. "Em termos de captação de recursos, o segmento de residentes no estrangeiro é bastante importante para o sector bancário em geral, e o mesmo acontece no Santander", adiantou fonte do banco.

Também o BCP realça que este é um segmento importante na captação de recursos, "com um peso significativo nos recursos totais do banco e na economia nacional". Para o banco estatal, o segmento de captação de fundos de emigrantes é considerado "estratégico", pelo que "a CGD tem vindo a investir ao longo dos últimos anos no Segmento Residentes no Estrangeiro".

Durante décadas, sobretudo devido ao fluxo de emigração em Portugal nos anos 60, as remessas de capital dos emigrantes teve um papel crucial na balança de transacções correntes face ao estrangeiro. De acordo com os dados divulgados nas balanças corrente e de capital pelo Banco de Portugal, entre Janeiro e Maio deste ano o saldo entre as remessas de emigrantes e imigrantes totalizou 632 milhões de euros, abaixo dos 699 milhões registados em igual período do ano anterior.

No final de 2005, as remessas de emigrantes representavam 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, enquanto em 2001 pesavam 2,6%. A diminuição do envio de dinheiro para Portugal por parte dos emigrantes, a par da alteração da directiva da poupança europeia, que tornou menos atractivo o envio destas remessas, são os principais factores na base da quebra destes recursos.

Como ter estatuto de emigrante

1 Para ter acesso ao estatuto de emigrante, precisa de exercer uma actividade profissional remunerada no estrangeiro, mantendo aí a sua residência permanente.

2 Os trabalhadores temporários, que ainda não têm estatuto de emigrante, mas que exerçam uma profissão há mais de seis meses fora do país, têm acesso a estas vantagens.

3 Para ter acesso ao estatuto de não residente é necessário entregar um comprovativo com a qualidade de emigrante. Reformados ou pensionistas que tenham sido emigrantes também beneficiam deste estatuto.

4 É necessário comprovar todos os anos a condição de não residente, junto do banco onde tem as suas aplicações, através da entrega de documentos como Carteira de Trabalho, Certificado de Residência ou Certificado Consular.

Melhores condições para não residentes

Com as instituições financeiras centradas na captação das poupanças dos emigrantes, através do lançamento de campanhas promocionais, as ofertas para os residentes são, muitas vezes, menos vantajosas. Embora isto não aconteça em todos os casos, na maioria das situações, os emigrantes saem a ganhar. BES, Montepio e Santander são algumas das instituições financeiras que oferecem produtos de poupança com taxas de juro mais atractivas para os portugueses a trabalhar no estrangeiro. Por exemplo, no caso do BES, enquanto a conta poupança em dólares remunera 1,9%, apesar de existir risco cambial, o depósito BESnet Super Rendimento a um ano paga juros de 1,7%. Já no caso do Montepio, os portugueses podem subscrever o Super Depósito Net, com um juro de 1,4%, enquanto aos emigrantes é oferecido um produto com juros crescentes, a partir de 1,5%. O Santander paga até 2,75% num depósito a um ano, enquanto um depósito a prazo no Net Banco remunera 2% a 180 dias.

Banca reforça aposta no "marketing"

Tony Carreira ou Jorge Gabriel são algumas das personalidades que aparecem nas campanhas de "marketing" dos bancos portugueses com produtos para emigrantes. Ao abrir os "sites" dos oito bancos consultados, saltam à vista as ofertas para não residentes. O Verão é, por excelência, a época em que os emigrantes regressam à sua terra de origem, um facto que não escapa às instituições financeiras. Atentas a esta oportunidade, aumentam as campanhas promocionais, com data de adesão limitada no Verão, bem como o investimento em promoção. O Santander é um dos bancos que aumentou o seu investimento em campanhas para emigrantes. "É sobretudo nesta altura que os não-residentes vêm a Portugal e que podem aderir com mais facilidade a um leque mais vasto de produtos", explica o Santander, acrescentando que "é um momento em que é mais simples captar a atenção dos clientes com comunicação de produtos específicos, uma vez que estão numa fase em que estão a preparar a viagem". No BCP, com uma campanha em curso, é no Verão que regista um maior esforço para conquistar novos clientes. "Esta oferta é capitalizada durante o mês de Agosto com uma uma forte presença nos aeroportos de Lisboa e Porto, publicidade em carrinhos de supermercado, linha de 'leds' nos jogos de futebol e ainda nos jornais 'on-line' 'A Bola', 'Record' e 'O Jogo'", detalhou ao Negócios o banco. A CGD diz que a "campanha arrancou, simbolicamente, no dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, no estrangeiro". Em Portugal foi lançada em Agosto.

 Jornal de Negócios, aqui.

Observatório da Emigração Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
Instituto Universitário de Lisboa

Av. das Forças Armadas,
1649-026 Lisboa, Portugal

T. (+351) 210 464 322

F. (+351) 217 940 074

observatorioemigracao@iscte-iul.pt

Parceiros Apoios
ceg Logo IS logo_SOCIUS Logo_MNE Logo_Comunidades