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Migração de enfermeiros na Europa
2022-03-30
Dissertação de mestrado de Ana Marina Carreira Leal em saúde e desenvolvimento, apresentada ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, em 2012, sobre a migração dos enfermeiros portugueses na Europa, sob orientação de Inês Fronteira e Isabel Craveiro.

Título  Migração dos enfermeiros portugueses na Europa
Autor  Ana Marina Carreira Leal
Orientadores  Inês Fronteira e Isabel Craveiro
Ano  2012
Instituição  Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa
Grau  Mestrado
Área  Saúde e desenvolvimento
Palavras-chave  Saúde pública, migração, enfermeiros, recursos humanos.
URI  http://hdl.handle.net/10362/19150

 

Resumo 

A migração entre os profissionais de saúde Portugueses, e mais concretamente, entre os Enfermeiros, constitui uma problemática já confirmada quer na comunicação social, quer interrogando os próprios profissionais, tendo-se transformado, tal como refere BUCHAN (2007), num tema central de debate sobre a política de saúde à escala mundial. Por outro lado, a população Europeia, considerada como a mais envelhecida a nível mundial, é motivo de grande preocupação. Devido a este envelhecimento, estima-se que irá haver uma maior prevalência de doenças crónicas entre a população e serão os enfermeiros os principais cuidadores responsáveis por dar resposta a esta problemática. Contudo, e devido às necessidades destes profissionais nalguns países com escassez de enfermeiros, houve uma globalização das práticas de enfermagem, criando-se fluxos migratórios. Assim, os enfermeiros são formados num país de origem e vão exercer a sua atividade num país de acolhimento, facto que corresponde ao conceito de brain drain ou ‘fuga de cérebros’, que consiste na saída de profissionais altamente qualificados do seu país de origem, onde se formaram, para um país de acolhimento, onde irão utilizar as competências adquiridas num universo laboral mais atrativo e com mais opções disponíveis. Neste estudo optou-se por uma metodologia qualitativa, tendo sido constituída uma amostra não probabilística de enfermeiros que se encontram, atualmente, a exercer a sua profissão noutro país da Europa. Esta amostra foi obtida através do sistema de amostragem por bola de neve, tendo sido os enfermeiros submetidos a uma entrevista semiestruturada. Pretendíamos envolver, não apenas, alguns dos motivos de emigração dos enfermeiros portugueses para outro país da Europa, como também, identificar e compreender as características pessoais deste grupo de profissionais que os incitaram a tomar essa decisão. Por sua vez, os fatores que impediriam a partida para o país de acolhimento e os fatores que impulsionariam o regresso foram, igualmente, importantes no nosso estudo, uma vez que queríamos obter alguns dados que permitissem, num futuro próximo, colaborar na elaboração de políticas de recursos humanos que permitissem reter estes profissionais em Portugal Foram abordados os principais motivos para emigrar relacionados com a vida profissional, com a estabilidade e segurança financeira, a proximidade com experiências migratórias, a proximidade cultural, os dividendos da experiência migratória e, ainda, com a possibilidade de uma nova experiência de vida. Estes resultados por um lado, suportam a informação teórica obtida antes da realização das entrevistas e, por outro complementam os dados já existentes sobre esta temática.

 

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