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Primeiros dados do Observatório da Emigração revelam mudança nos países de acolhimento
2009-05-25

Os primeiros seis meses de trabalho dos investigadores do Observatório da Emigração levaram à conclusão de que houve uma mudança nos países de acolhimento escolhidos pelos portugueses que decidiram emigrar. Segundo Rui Pena Pires, coordenador da equipa de investigadores, Angola foi um dos destinos onde a presença de portugueses tem aumentado significativamente, "mesmo antes desta crise económico-financeira".
O investigador do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do ISCTE, referiu ainda ao Jornal de Notícias que, a seguir aos países do espaço europeu tradicionalmente destino dos portugueses que escolhem viver fora de Portugal, o Reino Unido e a Espanha são aqueles que mais se têm destacado nos últimos anos.
"Mantém-se, também, alguma emigração significativa para os Estados Unidos, Canadá e França, mas muito abaixo dos valores que encontramos nos anos mais recentes", revelou ainda.
Tutelado pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, o Observatório da Emigração foi formalizado há um ano, através de protocolo assinado com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Para coordenar o trabalho, foi criado o Conselho Científico do Observatório da Emigração, formado por investigadores do CIES e coordenado pelo sociólogo e professor do ISCTE, Rui Pena Pires.
Produzir informações sobre a evolução e as características da emigração portuguesa e sobre a actual situação das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, são os principais objectivos do Observatório. Na cerimónia de assinatura do protocolo, em Maio de 2008, o secretário de Estado das Comunidades destacava que a criação do Observatório vinha "responder" a uma "ausência de informação" sobre os portugueses que residem no estrangeiro, facto que decorre das dificuldades de "acesso a dados fiáveis".
António Braga destacava que o Observatório - que recebeu uma verba anual de cerca de 75 mil euros - poderia fazer "uma viragem" no conhecimento dos portugueses emigrados, "identificando as ambições, o enquadramento, as razões que os levaram a sair, as suas raízes no estrangeiro", além de determinar em que ponto se encontra o domínio da língua portuguesa por parte dos luso-descendentes e ainda "que tipo de ligações" os portugueses no estrangeiro e os seus descendentes "querem ou insistem em manter no futuro, com Portugal e a administração pública" portuguesa.
António Braga revelava ainda que o material recolhido no âmbito das informações relacionadas com a história dos emigrantes seria, exposto no futuro Museu da Emigração, a criar em Lisboa.

Mundo Português, aqui, acedido em 25 de Maio de 2009.

 

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