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Observatório da Emigração: caracterizar os novos emigrantes será prioridade em 2009
2008-12-17

Um dos principais objectivos do Observatório da Emigração, que vai começar a trabalhar no início do próximo ano, vai ser a caracterização da nova emigração portuguesa, afirmou hoje um dos membros do conselho científico.

"Caracterizar e perceber a nova emigração é um dos primeiros estudos que terá de ser feito", disse o sociólogo Rui Pena Pires, professor no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e membro do Conselho Científico do Observatório da Emigração.

De acordo com o especialista, "nos últimos dez anos, provavelmente, a emigração foi maior do que a imigração".

"A nova emigração tem também destinos diferentes, está mais concentrada na União Europeia - o que é normal dada a livre circulação - e há muitos jovens qualificados a sair do país", acrescentou.

Criado em Maio passado para analisar os fluxos emigratórios, a situação das comunidades portuguesas no estrangeiro e a história da emigração portuguesa, o Observatório da Emigração vai iniciar os seus trabalhos no início de Janeiro de 2009.

Rui Pena Pires especificou que, no primeiro trimestre, uma equipa técnica do Observatório vai recolher e disponibilizar online a informação sobre a emigração portuguesa que já existe, mas está dispersa.

"Depois de identificadas as áreas onde há mais lacunas, iremos abordar os estudos", afirmou o sociólogo, apontando o segundo semestre de 2009 para começarem a elaborá-los.

Até ao fim do primeiro trimestre de 2009, Rui Pena Pires acredita que o Observatório terá uma estimativa do número de portugueses que residem no estrangeiro.

Retorno dos emigrantes igualmente em análise

O retorno dos emigrantes é outro dos temas que será abordado pelo Observatório da Emigração e um dos "mais difíceis" de analisar.

"São os mais difíceis de apanhar entre os censos e uma das únicas formas de o fazer é através de pequenos estudos de casos", disse o especialista, explicando que as pessoas não são obrigadas a comunicar que decidiram regressar a Portugal.

Sob a direcção de Simões Bento, da Secretaria de Estado das Comunidades, o Observatório da Emigração tem no seu Conselho Científico elementos do ISCTE, do Instituto Superior de Economia e Gestão, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e da Universidade Aberta.

O Observatório tem ainda uma equipa técnica composta por sociólogos, antropólogos e economistas do ISCTE e convidou para observador o presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas, Fernando Cardoso Gomes.

O Conselho das Comunidades Portuguesas é o órgão de consulta do Governo em matéria de emigração.

Público online, acedido em 27 de Fevereiro de 2009.

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