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Associação lusa em Mississauga, no Canadá, é quase "uma minicasa de Portugal"
2013-03-31
O Centro Cultural Português de Mississauga, próximo de Toronto, no Canadá, é quase "uma minicasa de Portugal" na região, reconheceu Gilberto Moniz, presidente da coletividade.

Criado poucos meses antes da Revolução dos Cravos, mais concretamente a 26 de fevereiro de 1974, este centro é hoje em dia um dos polos de referência de portugueses no Ontário e uma das associações ativas em atividades culturais lusas no Canadá.

Em declarações à agência Lusa, Gilberto Moniz expressou orgulho na obra desenvolvida pelo centro nas quase três décadas de existência, onde é presidente há oito anos consecutivos.

"Juntamos nesta associação portugueses de todas as regiões de Portugal, do norte ao sul, Açores e Madeira. Mas aqui não se fala de onde cada um vem. O que nos une é sermos portugueses", assinalou este emigrante açoriano.

"É como se nós fossemos uma minicasa de Portugal", reconheceu o dirigente, ao comparar com a situação de proliferação de associações regionais portuguesas em Toronto.

Gilberto Moniz explicou ainda que o Centro Cultural Português de Mississauga deixou de fazer parte da Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário (ACAPO), após decisão tomada em assembleia geral há alguns anos, mas que mantém a colaboração com aquela entidade.

Com cerca de 900 sócios, dos quais 700 pagantes de quotas, o centro patrocina a sua própria equipa de futebol (o Futebol Clube Português de Mississauga), tem o seu rancho folclórico, uma escola para o ensino de Português (atualmente só com 12 alunos) e um centro de dia, às terças e às sextas-feiras, para a terceira idade.

Numa alusão ao calendário de eventos repleto ao longo do ano, explicou: "A nossa casa tem sempre de estar cheia. Não podemos parar", destacando as festas de cariz religioso e a Grande Gala do Fado em homenagem a Amália Rodrigues, que anualmente escolhe um fadista reputado de Portugal.

Depois de Camané em outubro último, anuncia para este ano a fadista Carminho.

Fundado em 1974 por um grupo de amigos portugueses trabalhadores numa fábrica de cogumelos que queriam confraternizar no final da jornada laboral, o centro obteve o prédio da sede atual em 2000 por 1,2 milhões de dólares (920 mil euros ao câmbio atual), a que juntou 600 mil dólares (460 mil euros) de obras de remodelação e mais tarde mais 300 mil dólares de investimento (230 mil euros) em melhoramentos no grande salão de festas.

"Está quase tudo pago. Prevemos pagar toda a hipoteca em julho de 2016", declarou, respondendo que a associação praticamente não conta com apoios financeiros de Portugal.

"O único subsídio de Portugal que temos anualmente são cinco mil dólares do Governo Regional dos Açores", adiantou.

Para este dirigente, o futuro coloca desafios, dado que em janeiro deixará de vez a presidência, esperando, assim, uma direção que garanta a continuidade e promova a união dos portugueses.

Sobre a emigração portuguesa, que este ano comemora o 60.º aniversário de presença no Canadá, Gilberto Moniz enalteceu a "segunda geração de portugueses", por esta ter já alcançado posições de relevo em variados domínios no seio da sociedade canadiana, desde o empresarial, ao artístico, ensino superior e política, entre outros.

RTP, aqui.

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