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Aumento da comunidade põe Escola Portuguesa a "rebentar pelas costuras"
2012-09-01
Moçambique

A Escola Portuguesa de Moçambique (EPM) atingiu o limite da sua capacidade, face ao crescente aumento da comunidade no país, e também à procura por alunos de outras nacionalidades, admite à Lusa a directora do estabelecimento.

"Todos os dias há pedidos" para ingresso na escola, diz Dina Trigo de Mira, acrescentando: "Para nós, a escola atingiu o máximo. Por exemplo, há duas turmas do 8.º ano que estão com 29 alunos".

Para o ano lectivo que arranca na segunda-feira, a EPM conta ter cerca de 1.600 alunos, nos ensinos pré-escolar, primário, e secundário, mas já há uma lista de espera com cerca de 100 estudantes, nenhum dos quais português.

A maior procura incide nos ensinos pré-escolar e primário, e a EPM segue o critério de dar prioridade aos alunos transferidos de Portugal.

Uma das formas de ultrapassar a sobrelotação poderá ser a ampliação do estabelecimento, mas o processo não é fácil, porque implica a passagem a definitiva de uma licença para uso provisório de um terreno, para construção de novas salas de aula.

Criada em 1999, a EPM tem 117 professores, portugueses, e alunos de 14 nacionalidades, na maioria portugueses e moçambicanos, que seguem o currículo nacional. Nos últimos exames nacionais, a escola teve "resultados bastante razoáveis", enquanto nos do secundário a escola tenha seguido os maus resultados das escolas portuguesas, mas para pior, admite a directora.

"No ensino básico, os resultados foram bastante razoáveis, um bocadinho acima da média nacional, e a nível do secundário, as notas que baixaram em Portugal, baixaram ainda mais aqui", diz Dina Trigo de Meira, que anuncia "maior exigência" para o próximo ano lectivo.

"Vamos abrir o ano lectivo com uma reunião de docentes de um dia e meio com a conclusão de um debate que houve no final do ano passado e apontar para uma melhoria de práticas pedagógicas", diz.

"Este ano vamos ser muito mais exigentes em tudo: a nível de fardamento, de disciplina dos alunos dos professores. A escola está ficar muito grande, se não formos rigorosos isto pode descambar e nós queremos que esta seja uma escola de excelência e de referência em Moçambique", acrescenta a directora.

Diário de Notícias da Madeira, aqui.

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