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69% dos universitários pretendem emigrar após o curso
2012-08-14
São os estudantes de Engenharia e Arquitetura que mais têm intenções de sair do país. Sessenta e nove por cento dos estudantes universitários tem intenções de emigrar, após a conclusão dos estudos, indicam os resultados de um inquérito nacional, realizado pelas associações académicas e de estudantes universitários, a apresentar esta terça-feira no Porto.

As «alterações socioeconómicas resultantes da crise financeira» e do «ajustamento orçamental», em Portugal, são as principais razões apontadas pelos universitários inquiridos para a saída do país, segundo os resultados preliminares do inquérito relativo à «Mobilidade Profissional e à Internacionalização do Emprego Jovem», que a Federação Académica do Porto (FAP) vai apresentar esta terça-feira de manhã.

«Os dados recolhidos relevam uma percentagem preocupante - cerca de 69 por cento - de estudantes com intenções de emigrar, após concluírem os seus ciclos de estudos, essencialmente em busca de melhores condições laborais», indicam os resultados do inquérito.

As conclusões apontam ainda para a Europa como «destino preferencial» dos jovens qualificados com intenções de emigrar. A maior parte dos inquiridos considerou ainda que «não existem mecanismos informativos sobre os diversos países europeus» e que isso se traduz numa «barreira» à internacionalização do emprego.

Os estudantes de Engenharia, Tecnologias, Arquitetura e Artes são os que revelam maior tendência para a emigração e os destinos preferenciais são países da Europa e da América do Sul, revela um estudo.

Os inquéritos realizados a 1.751 universitários, entre 14 de maio e 16 de junho, indicam que «69 por cento» dos alunos têm intenções de emigrar «em busca de melhores condições laborais» e que a prevalência dessas intenções se concentra em «jovens das áreas de Engenharia e Tecnologias e Arquitetura e Artes», cujas médias são «na ordem dos 13 e 14 valores».

«A maioria dos inquiridos afirma ter intenções de emigrar para um qualquer outro país europeu», lê-se no estudo a que a agência Lusa teve acesso, onde se acrescenta que a a América do Sul surge também com um «forte pendor para uma escolha particular, designadamente o Brasil».

As principais razões que estão na base da eventual emigração dos inquiridos estão relacionadas com o objetivo de se inserirem no «mercado laboral» e o intuito de conseguirem «melhores perspetivas de emprego».

O «elevado número de desistências do programa de mobilidade europeu Erasmus» é outra tendência adiantada pela FAP.

TVI24, aqui.

 

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