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Comunidade portuguesa considera "dramático" fecho de Peugeot Citroen
2012-07-12

O conselheiro das comunidades de França Paulo Marques considerou "dramático" o encerramento da fábrica Peugeot Citroen em Aulnay-sous-Bois, anunciado, esta quinta-feira, pelo construtor automóvel francês, onde trabalham cerca de 300 portugueses e lusodescendentes.

"É dramático para os funcionários em geral e para os portugueses que lá trabalham, alguns há quatro décadas", disse à agência Lusa, por telefone, Paulo Marques, que preside também à Associação Cultural Portuguesa de Aulnay-sous-Bois, onde foi conselheiro municipal durante 16 anos.

Paulo Marques mostrou-se preocupado com as "dificuldades sociais e económicas" que os trabalhadores dispensados da fábrica poderão vir a enfrentar, considerando que importa agora "perceber que apoio pode ser dado à comunidade".

"A grande maioria dos trabalhadores está na Peugeot Citroen há mais de duas décadas. São nascidos em França e terão apoios sociais, mas o presidente da câmara já disse que será difícil atender a todos os dramas que possam acontecer", acrescentou.

O membro do Conselho das Comunidades Portuguesa (CCP) lembrou que a possibilidade de encerramento da fábrica da Peugeot Citroen já era conhecida há algum tempo. Por isso, explicou Paulo Marques, a associação portuguesa criou há cerca de um ano um polo de ação social com o "objetivo de promover a reflexão sobre os apoios à comunidade".

"Depois de um ano, decidiu-se que este polo de reflexão solidária - que conta entre os seus membros trabalhadores da fábrica a encerrar - teria como vertentes a informação sobre direitos e formação para que possam fazer a reconversão profissional", disse.

Paulo Marques adiantou ainda que a Associação Cultural Portuguesa deverá promover em 2013 a ligação entre a câmara de Aulnay-sous-Bois e o consulado-geral de Portugal em Paris para orientar os pedidos de apoio dos trabalhadores afetados.

A Peugeot Citroen anunciou, esta quinta-feira, que vai cortar 8 mil postos de trabalho em França devido a uma quebra acentuada no mercado automóvel europeu que originou perdas no primeiro semestre do ano, apesar de não ter especificado o seu valor.

O maior fabricante de automóveis de França e o segundo da Europa, depois do alemão Volkswagen, disse esperar que o mercado europeu registe este ano uma quebra de oito por cento e que o seu negócio caia consequentemente 10%, salientando necessitar de se ajustar a esta realidade perante perspetivas de agravamento da situação.

A empresa adiantou que vai fechar em 2014 a fábrica de Aulnay, perto de Paris, onde trabalham mais de 3000 pessoas, incluindo 300 portugueses ou lusodescendentes, segundo estimativas do embaixador de Portugal em Paris, Francisco Seixas da Costa.

Jornal de Notícias, aqui.

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