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Hong Kong deve ser olhado "em termos de captação de investimento estrangeiro" -- José Cesário
2012-06-11

Hong Kong, China, 11 jun (Lusa) - A importância de Hong Kong "ultrapassa o plano da comunidade portuguesa" e o território deve ser olhado com "muita atenção" em termos de captação de investimento estrangeiro, disse hoje o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

O responsável falou à agência Lusa em Hong Kong, à margem de uma receção no Club Lusitano, um dos mais antigos clubes fundados pela diáspora portuguesa no mundo, onde se deslocou após ter encerrado uma visita a Macau, onde presidiu às comemorações do 10 de junho.

"É evidente que a importância de Hong Kong hoje ultrapassa o plano da comunidade porque Hong Kong é uma praça financeira muito importante, é um centro de negócios essencial de referência em toda a Ásia e, portanto, é um local para o qual temos de olhar com muita atenção em termos de captação de investimento estrangeiro para Portugal e inclusivamente de captação de poupança, embora essa seja uma área muito mais difícil", afirmou.

José Cesário admitiu que "o ponto de partida" dos investimentos de Hong Kong para Portugal "é muito baixo", mas considerou que "em termos teóricos, tudo é possível".

"Neste momento, Portugal tem um programa de privatizações muito interessante. Tão interessante que levou os chineses da Three Gorges a investirem fortemente na EDP. Há muito investimento em Portugal apetecível, por exemplo na área do turismo e noutros setores, como na área das tecnologias, como é o caso da produção vitivinícola, de azeites, e de certas indústrias tradicionais onde temos calçado, confeções, mobiliário", enumerou.

Além da "preocupação com a área económica", o secretário de Estado afirmou que a sua curta visita a Hong Kong reflete também a "atenção à comunidade, que é bastante antiga e composta por várias origens, nomeadamente de Xangai, de onde vieram muitos portugueses".

Nesse sentido, efetuou uma breve deslocação ao Consulado Honorário de Portugal em Hong Kong, onde a partir do verão, funcionários do Consulado geral de Macau vão passar a deslocar-se para, "com recurso aos novos equipamentos móveis, procederem à recolha de dados para os cartões de cidadão e passaportes, bem como para o tratamento dos dados do registo civil e até para os vistos".

"Esta comunidade tem de ter alguma atenção nossa. Eu sei que depois do desaparecimento do consulado que existia em Hong Kong criou-se algum sentimento de orfandade, mas espero que venhamos a corrigir algumas situações com um trabalho de proximidade", referiu.

O objetivo "é evitar que os portugueses que vivem em Hong Kong tenham de se deslocar a Macau", afirmou.

O secretário de Estado segue na terça-feira para Xangai, onde terá um convívio do Dia de Portugal, uma reunião com estudantes portugueses e uma reunião oficial na câmara municipal daquela que é considerada a capital financeira da China.

Está também prevista uma reunião com empresários de Xangai, aos quais apresentará "argumentos que podem justificar um investimento e uma atenção para Portugal, na lógica que hoje está generalizada e que é o grande interesse da China por Portugal".

FV.

Lusa/ fim, aqui.

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