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Reformados e naturalizados fizeram da Florida 5º Estado com mais luso-americanos
2011-06-18

*** Paulo Dias Figueiredo, da Agência Lusa ***

Miami, 18 jun (Lusa) -- O afluxo de reformados, naturalizados e trabalhadores dos estados do nordeste dos Estados Unidos fizeram nos últimos anos da Florida, Estado do sudeste conhecido pelas praias, sol e influência latino-americana, o quinto com mais luso-americanos residentes.

De acordo com dados provisórios enviados pelo Census 2010 norte-americano à associação luso-americana PALCUS, residem atualmente na Florida perto de 70 mil pessoas de ascendência portuguesa, mais do que no Connecticut ou Nova Iorque, mas menos que na Califórnia (380 mil), Massachussetts (319 mil), Rhode Island (103 mil) e Nova Jérsia (82 mil).

O número de residentes luso-americanos mais do que triplicou em relação a 1980 (19 mil, segundo o Census), e cresceu quase 50 por cento face a 2000.

"Tem havido de facto um aumento do número de portugueses na Florida, especialmente devido a naturalização. Há também um fluxo de pessoas a mudarem-se dos Estados mais a norte, sendo uma boa percentagem de reformados", afirma Eugénio Marques, representante consular na cidade de Orlando, Florida.

Os novos luso-americanos na Florida, adianta, vêm de Estados como Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, Nova Iorque ou Nova Jérsia.

Inscritos no Consulado de Orlando, aberto em 2010, estão 6.685 pessoas, a que acrescem 1.500 inscritas provisoriamente, por ainda não terem bilhete de identidade, segundo Eugénio Marques.

"A maioria é população ativa. Existem também reformados e jovens filhos ou netos de emigrantes portugueses nascidos nos Estados Unidos ou América latina", adiantou à Lusa.

Levando em conta o mercado dos luso-americanos, entre outros, a TAP iniciou este mês uma ligação direta entre Lisboa e a cidade de Miami, a maior da Florida e onde está o segundo maior aeroporto dos Estados Unidos em ligações internacionais.

Na fase de lançamento, serão feitas quatro ligações semanais, que chegarão a cinco no verão, e a TAP considera mesmo passar a uma ligação diária, face à elevada taxa de ocupação registada até agora, segundo disse à Lusa o vice-presidente de vendas da empresa, Carlos Paneiro.

Para Fernando Santos, jornalista e estudioso da comunidade portuguesa, o grande crescimento das comunidades portuguesas da Florida é posterior ao ano 2000 "por uma simples razão".

"A grande vaga de emigração portuguesa para os Estados Unidos ocorreu a partir de 1965, devido a uma alteração na Lei de Imigração, que permitiu maiores contingentes de imigrantes de certos países, com grandes vagas nos anos 60 e 70", disse à Lusa.

"Ora os portugueses que emigraram nos anos 60 e 70, na casa dos 20 anos, só atingiram a idade de reforma depois do ano 2000, rumando, então, muitos deles, à Florida", adiantou.

 

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