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NOS ESTADOS UNIDOS "Trabalho duro" à portuguesa é chave para jovens líderes
2011-06-20

As suas carreiras passam no imediato pelos Estados Unidos, desde o governo, à CNN e à banca, mas dezenas de jovens profissionais luso-americanos lembram a lição de "trabalho duro" dos pais emigrantes e querem participar na comunidade.

Muitos deles encontraram-se pela primeira vez no início deste mês em Washington, na 1ª "Cimeira de Jovens Líderes" promovida pela Associação Nacional de Luso-Americanos (NOPA), para mostrar a estes profissionais a realidade portuguesa e a agenda das relações com os Estados Unidos, segundo o organizador Francisco Semião, do centro de medicina da Universidade George Washington.

"As minhas raízes têm sido muito importantes na minha vida profissional, que foi influenciada pelos meus mentores, que eram portugueses. Ensinaram-me a trabalhar de forma dura, dedicada e honesta para a comunidade, e a ter orgulho na minha ascendência", diz à Lusa o director da NOPA.

A dezena de participantes incluiu ainda Mark Lopes, administrador adjunto para a América Latina e Caraíbas da agência norte-americana para a Cooperação (USAID), nomeado pela administração Obama, que quer "reforçar os laços com a comunidade".

"Não encontro muitos luso-americanos em Washington DC e é bom que a NOPA ajude a que nos juntemos", diz à Lusa.

Mark Lopes é filho de um luso-americano de Tucson (Arizona), Phil Lopes, descendente de emigrantes transmontanos e que foi membro do Congresso estadual durante oito anos.

Filho de emigrantes açorianos em Massachussetts, Glenn da Luz trabalha no banco Wells Fargo e tem em vista uma carreira na banca de investimento.

 "Os meus pais trabalharam duramente em Portugal e fizeram o mesmo quando emigraram para aqui. Ambos vieram da pobreza e puderam trabalhar afincadamente e criar um óptimo estilo de vida de classe média para eles e para os filhos", afirma.

"Vejo esta qualidade na minha família, mas também nas outras famílias portuguesas à nossa volta", adianta à Lusa Glenn da Luz, que diz seguir "diariamente" a actualidade portuguesa, particularmente desde o agudizar da crise financeira.

Com apoio da Embaixada de Portugal, De Morais, SATA e sociedade de advogados Vasconcellos e Sá, a Cimeira de Jovens Líderes contou com representantes do BES, governo dos Açores e Embaixada em Washington.

Os participantes, recebidos pelo embaixador Nuno Brito, incluíram jovens emigrantes nos Estados Unidos, como Jorge Pinto Ferreira que, após passar pela Organização Mundial de Saúde concluiu recentemente o doutoramento num projecto entre as faculdades de Medicina Veterinária da North Carolina e Medicina de Duke.

Os seus objectivos passam agora por trabalhar em agências humanitárias "em questões transatlânticas/globais", relacionadas com saúde.

Joana Godinho foi com uma bolsa Frances Lewine e é agora jornalista da CNN, onde acompanhou a eleição de Barack Obama e, mais recentemente, a morte de Bin Laden e entrevistou políticos como Paul Ryan, John McCain ou Harry Reid.

"Quero fazer uma carreira como jornalista aqui e obviamente ir crescendo. Adoraria trabalhar como repórter de guerra pela experiência de sobrevivência numa zona de conflito. Quando me tiver realizado profissionalmente, volto para Portugal. E espero ajudar as próximas gerações com a minha experiência", diz à Lusa.

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