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Emigração portuguesa: População em Espanha é marcadamente masculina, no Reino Unido há mais mulheres
2011-02-20
A emigração portuguesa em Espanha é marcadamente masculina, enquanto no Reino Unido as mulheres são a maioria, revelam novos dados disponibilizados pelo Observatório da Emigração.

"Espanha tem uma caraterização muito masculinizada (61 por cento da população são homens) e o Reino Unido, pelo contrário, é um bocadinho mais feminizada. Aliás, é uma caraterística das novas migrações terem uma proporção importante de mulheres", disse à Agência Lusa Filipa Pinho, coordenadora técnica do Observatório.

Filipa Pinho adiantou que as migrações laborais são, em regra, mais masculinas e que no caso de Espanha a "emigração é muito marcada pelas idas para a construção civil".

Em Espanha, há 148.154 portugueses, dos quais 90.092 são homens e 58.062 são mulheres.

O principal grupo etário é dos 40-64 anos (cerca de 57 mil), seguindo-se o grupo etário dos 25-39 anos (cerca de 52 mil).

No Reino Unido, a emigração maioritária de mulheres tem sobretudo a ver com "inserções profissionais na área dos serviços".

Segundo os dados divulgados pelo Observatório, no Reino Unido vivem 86 mil portugueses, dos quais 45 mil são mulheres e 41 mil homens.

A maioria encontra-se no grupo etário dos 25-39 anos (33 mil), seguindo-se o grupo dos 40-64 anos (27 mil).

Depois da recolha e disponibilização da informação sobre o número de portugueses no estrangeiro, o organismo passou agora a divulgar indicadores que caraterizam essa parte da população portuguesa, começando pelas variantes "sexo e grupo etário".

França, Estados Unidos, Brasil, Espanha, Alemanha, Venezuela e Luxemburgo são os países para os quais estes dados estão já disponíveis.

Filipa Pinho ressalva contudo que os dados relativos a alguns países, como a Venezuela ou o Brasil são relativos aos últimos censos, remontando a 2000 e 2001.

A coordenadora técnica do Observatório considera, ainda assim, que se está cada vez mais próximo de um retrato mais pormenorizado e real dos portugueses no estrangeiro, considerando que o ano de 2011 trará boas perspetivas para o trabalho do organismo.

"Em 2011, haverá censos em vários países, como em Portugal. Na Europa, haverá nos países principais, onde há uma presença numerosa de emigrantes. Em 2011, 2012 teremos dados muito mais atualizados e mais facilmente comparáveis porque remetem para o mesmo ano", disse Filipa Pinho.

A responsável lembrou que atualmente existem "diferenças significativas entre países" precisamente devido à recolha de informação em anos diferentes.

"A situação vai ficar muito mais apetecível para jornalistas e para académicos para conhecer a realidade", disse.

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