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Portugueses não temem crise na Irlanda e não querem regressar
2010-12-22
A nova vaga de emigrantes portugueses é constituída por jovens, solteiros, entre os 20 e os 36 anos. A maioria é recém-licenciada ou altamente qualificada em termos profissionais.

Os portugueses na Irlanda estão optimistas em relação ao futuro e não temem a crise. Dizem que o nível de vida que têm é superior ao que teriam cá. Por isso, não pensam sequer fazer as malas e voltar para Portugal.

É o caso de André Pereira. Há quase três anos na Irlanda, a trabalhar como responsável pelas relações com clientes num conceituado hotel, este jovem de 25 anos admite que 2011 será um ano difícil, mas continua a ser melhor viver na Irlanda.

"Estou um pouco apreensivo em relação à Irlanda. 2011 vai ser terrível porque, além de nos cortarem nos rendimentos, aumentaram muito os impostos e criaram novos impostos. Mas acho que continua melhor do que estar em Portugal, sinceramente", explica à Renascença André Pereira.

Quem também prefere continuar a viver na Irlanda é a enfermeira Ana Pereira. Há mais de dois anos a trabalhar num hospital em Dublin, diz que o aumento dos impostos não vai afectar a qualidade de vida que tem.

"O aumento dos impostos na Irlanda vão afectar-me de uma forma diferente. Em vez de poupar 600 ou 700 euros por mês, passo a poupar só 200 ou 300. Tem que ver com o nível de poupança", refere esta portuguesa.

Ana Pereira acrescenta que não há uma diminuição do nível de vida e na qualidade de vida, "enquanto se eu estivesse em Portugal nunca poderia ter a qualidade de vida e fazer aquilo que faço na Irlanda com um ordenado português".

David Meireles também já fez as contas. Este informático, de 26 anos, afirma que não vai ser dos mais afectados pela crise.

Há menos tempo no país, Nelson Adão, de 24 anos, trabalha numa multinacional ligada ao mercado financeiro e está convicto que o pais sairá da recessão mais depressa que Portugal.

Estes são alguns exemplos de portugueses a viverem na Irlanda. A nova vaga de emigrantes é constituída por jovens, solteiros, entre os 20 e os 36 anos. A maioria é recém-licenciada ou altamente qualificada em termos profissionais.

Ana Lisboa

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