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Licenciados portugueses buscam emprego numa aldeia espanhola
2010-08-16

Dezenas de jovens portugueses estão à procura de trabalho no pequeno município de Trabanca, em Espanha, onde a autarquia abriu concurso para 64 lugares, numa aldeia com pouco mais que 250 habitantes. A oferta é tão tentadora que o número de candidatos à meia dezena de empregos superou os 6700, dos quais alguns portugueses, revelou o autarca espanhol.
José Luís Pascual, alcaide da pequena aldeia junto ao Douro Internacional, disse à Agência Lusa que o objectivo "é dinamizar a zona rural da fronteira de Castela e Leão com Portugal" e, ao mesmo tempo, "revitalizar a população da aldeia que está numa área economicamente deprimida".
Há quem se proponha fazer mais de 800 quilómetros para agarrar a oportunidade, como Ana Leal, de 21 anos, licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Algarve. Em Trabanca, afirma à Lusa que se trata de "uma oportunidade de trabalho" já que "a situação laboral em Portugal esta mal".
Ana Leal deslocou-se de Faro a Trabanca, uma viagem que considerou " uma aventura" e que "valeu a pena porque se trata uma oportunidade de trabalho na sua área". A intenção é conseguir o emprego e fixar-se na cidade mais próxima - Salamanca - porque há " outra vida social".
Os candidatos são oriundos de regiões que vão desde o norte de Espanha ao sul de Portugal, como é o caso de Sérgio Reixa, professor de desporto, oriundo de Miranda do Douro. " Venho à procura de uma carreira profissional já que no meu país não tenho essa oportunidade", explicou à Lusa. As vagas serão preenchidas em actividades que vão desde as novas tecnologias, passando pela preservação do meio ambiente, até à assessoria empresarial, enologia turismo ou veterinária. José Luis Pascual está convencido de que "contratando profissionais qualificados se possa fixar mais população e, ao mesmo tempo, criar riqueza".
O alcaide de Trabanca revelou que "os contratos de trabalho terão início este mês prolongando-se até ao final do ano". Mas diz que "fica em aberto a possibilidade de renovação do contrato laboral", sendo que "cada uma dos jovens poderá usufruir de cerca de 1600 euros de vencimento ilíquido para uma carga horária de 40 horas semanais".

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