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Pela primeira vez editora venezuelana distribui livros para aprender português
2009-10-15
Até agora eram enviados de Portugal

Pela primeira vez, uma editora venezuelana iniciou a distribuição de livros para o ensino da Língua Portuguesa em Caracas, uma iniciativa decorrente de um acordo entre as empresas portuguesa Lidel e a venezuelana Colegial Bolivariana.

Os livros - que, de momento, são enviados de Portugal - encontram-se à venda em Los Ruices, na livraria da editora e são constantemente folheados curiosamente por clientes e leitores de diferentes idades, que alegam as mais variadas razões para se interessarem pela língua portuguesa.

"Houve um acordo para começar com uma fase de distribuição de livros de ensino do português e, se o mercado o justificar, fazer algum tipo de co-edição entre as duas editoras, isto é, poderíamos inclusive imprimir os livros na Venezuela", explicou o gerente da Colegial Bolivariana, Luís Miguel Juzgado, à Agência Lusa.

Adiantou que a venda foi coordenada com os centros de ensino de português e foi iniciada a distribuição, tendo a Lídel expedido uma grande variedade de livros de diferentes níveis para crianças e adultos, alguns deles de leitura.

"Temos neste momento variedade, alguns maiores que são os seleccionados pelos educadores, e uma diversificação de temas à disposição na livraria para quem se interessar por algo mais", frisou.

A livraria foi alvo, quarta-feira, de uma visita da cônsul-geral de Portugal em Caracas, Isabel Brilhante Pedrosa, que referiu a "enorme satisfação" de "ver no terreno uma resposta a uma necessidade que se fazia sentir há muito entre a comunidade portuguesa que reclamava que não tinha materiais para os cursos de língua portuguesa".

Recordou que "os alunos recorriam sistematicamente ao uso de fotocópias, o que além de ser ilegal, é também, do ponto de vista pedagógico, pouco recomendável".

"A partir deste momento têm a possibilidade de adquirir em Caracas um conjunto de manuais e livros de exercícios, o que é um passo muito importante e muito positivo para a expansão da língua portuguesa na Venezuela", disse.

Entre os curiosos, estava Francy de Barros, uma venezuelana que se inscreveu num curso de Língua Portuguesa, no Colégio Virgem de Fátima.

Questionada sobre a razão para comprar um livro, alegou tratar-se de uma questão amorosa.

"Estou casada com um português há 21 anos e não falo português. Estive em Portugal, em Maio, e toda a família, ainda que muitos deles falem espanhol porque cresceram aqui na Venezuela, me dizia que tenho de falar português".

"No próximo ano, vamos outra vez a Portugal e quero fazer-lhes a surpresa de que falo português - ou que pelo menos entendo", concluiu.

Público, aqui.

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