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Legislativas/Emigrantes: Greve no Brasil e atraso na Venezuela podem condicionar resultados
2009-09-29

"A greve dos Correios, não permitiu que todos os eleitores recebessem os boletins de voto em tempo hábil", destacou José Miranda de Melo.
O conselheiro das Comunidades Portuguesas eleito pelo círculo do Nordeste do Brasil, foi um dos eleitores portugueses no Brasil que não recebeu o boletim de voto, fruto da greve, que segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios do (Fentect), terá contado coma adesão de 70 por cento dos 116 mil funcionários em todo o Brasil, durante mais de uma semana.
Num comunicado distribuído à comunidade portuguesa, José Miranda de Melo apelou ao eleitores que receberam os boletins de voto, para os colocarem "no correio até amanhã ou sábado (dias 25 e 26 de Setembro)", por ser este "o último prazo para que sejam validados".
A escolha dos deputados portugueses pela Emigração (dois pelo Círculo da Europa e dois pelo Círculo de Fora da Europa) é feita através do voto por correspondência, que podem chegar às autoridades eleitorais portuguesas até 7 de Outubro,  mas deveriam obrigatoriamente ser enviados pelos eleitores, com o carimbo dos Correios, até 27 de Setembro, data das Legislativas.

Atraso a 24 horas do fim do prazo

Na Venezuela, os envelopes com os boletins de voto que permitem aos portugueses votar nestas Legislativas, mantinham-se nos correios no passado dia 24, mas a sua entrega não foi considerada prioritária. A denúncia foi feira pelo conselheiro das Comunidades Portuguesas, Luis Jorge que, até àquele dia, não tinha recebido o envelope com o boletim de voto.
"Os boletins estão lá (nos correios) e disseram que vão ser entregues paulatinamente, segundo o sistema de trabalho deles, porque não assumem isso como uma prioridade", explicou o conselheiro.
O atraso mantinha-se, um dia antes do fim do prazo do envio dos votos (27 de Setembro). "A menos de 24 horas para que termine o prazo para serem enviados à CNE (Comissão Nacional de Eleições), os votos dos portugueses emigrados na Venezuela, de um total de 12 mil inscritos, pouco mais de 100 eleitores receberam o seu boletim de voto", alertava Luis Jorge num comunicado enviado ao Emigrante/Mundo Português.
O conselheiro destacava que o "deficiente sistema dos correios públicos Venezuelano" não teria capacidade para "em tão curto espaço de tempo" entregar a correspondência "dentro dos prazos estabelecidos pela CNE".
"Sendo assim, os portugueses têm menos de 24 horas para ir ao correio ver se chegou o seu voto, tirar uma fotocópia do cartão de eleitor, votar, comprar um selo e enviá-lo pelo correio", frisou o conselheiro das Comunidades. O que teria que ser feito até às 17 horas do dia 25 de Setembro, já que os correios estão fechados ao fim-de-semana.
Em declarações à Agência Lusa, Luís Jorge afirmava que "a Comissão Nacional de Eleições tem que encontrar outro mecanismo que permita que as pessoa recebam o voto" que poderia passar por "contratar uma empresa privada, como faz o governo espanhol, ou enviar os votos com muito mais antecipação".

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