Os efeitos da crise sobre o volume da emigração portuguesa variaram ao longo dos últimos anos. Numa primeira fase, entre 2008 e 2010, a natureza global da crise financeira e, em particular, o seu impacto no emprego em Espanha, então o principal destino da emigração portuguesa, traduziram-se num decréscimo do número de saídas, em linha com o que aconteceu à época no espaço da OCDE. Desde 2010, com a natureza assimétrica da chamada crise das dívidas soberanas e os efeitos recessivos das políticas de austeridade, a emigração passou a crescer mais do que no período anterior, estabilizando entre 2013 e 2014 na casa das 110 mil saídas por ano.
Como citar Pires, Rui Pena (2015), “Mais de 100 mil saídas pelo segundo ano consecutivo”, Observatório da Emigração. http://observatorioemigracao.pt/np4/4581.html