By: Melissa Costa
Existem dois círculos
para a emigração, um para a Europa e o outro Fora da Europa, neste último
encontrando-se o maior número de emigrantes no continente americano,
principalmente nos estados da Califórnia, Massachusetts, Rhode Island e New
Jersey. Também se vê uma presença forte de emigrantes portugueses
no Brasil, na Venezuela, na Argentina, no Uruguai, na África do Sul, em
Angola, em Moçambique, em Macau, em Hong Kong e na Austrália.
Os Partidos na lista para fora da Europa
são PS, PPM, MEP, MMS, B.E., MPT, PSD, PPV, CDS, PCTP, P.N.R., PND e PCP.
Segundo a Lusa, há mais de três décadas que
apenas PSD e PS elegem deputados nos círculos da emigração.
O PSD apresentou dois candidatos para a lista da Fora da Europa: Rosa Simas,
professora na Universidade dos Açores, investigadora, escritora e tradutora e
José Cesário, professor do ensino básico, deputado, ex-secretário de estado da
administração local e das comunidades portuguesas.
A lista do PS pelo Círculo Fora da Europa é
encabeçada pelo actual deputado à assembleia da república eleito pelos Açores,
Renato Leal de 56 anos, professor reformado, deputado à assembleia legislativa
da Região Autónoma dos Açores entre 1998 e 2005 e foi ainda presidente da
Câmara Municipal da Horta. Ocupando o segundo lugar da lista está José Duarte, empresário
e membro do conselho das comunidades em Santos, Brasil. Aos lugares de
suplentes concorrem Maria das Dores Faria, que reside na Venezuela, e o
jornalista José Rocha Diniz, de Macau.
Durante uma visita à região de Fall River e
New Bedford, Rosa Simas, candidata do PSD para a lista da Fora da Europa, falou
com O Jornal sobre a necessidade de um maior apoio para as comunidades
portuguesas fora da Europa.
"Se pensarmos bem na conjuntura
política actual as comunidades portuguesas que emigraram para França, Bélgica
etc., são consideradas europeias," disse Simas. "São emigrantes, mas
não bem, porque são cidadãos da Europa, estão muito integrados no continente e
numa conjuntura política que os acolhe. Com estas comunidades daqui tem- se
feito muito pouco e também são fundamentais."
Rosa Simas diz conhecer a realidade destas
comunidades visto também já ter sido emigrante nos EUA.
"Preocupa-me muito, eu sei o que é a
luta para se manter a língua, o ensino da língua. Sou com muito orgulho
imigrante a dobrar porque fui imigrante nos Estados Unidos mas também nos
Açores me sinto imigrante. Há muitas questões que precisam de ser trabalhadas e
reforçadas, desde das políticas de transporte , às redes consulares, aos meios
de comunicação... é um desafio."
Para ela, "estamos numa nova era, onde
existe outros desafios, com uma imigração estancada."
Como tal, há que atrair o interesse dos
descendentes dos imigrantes. "Tudo isto tem de ser trabalhado através de
intercâmbios, ligações e pontes. A campanha Comunidades 21 são fontes para uma
nova era. Estamos no século 21 e há novos desafios, a imigração está diferente,
as realidades das nossas comunidades são diferentes. Temos que lutar para criar
e reforçar as pontes que já existem, através de novas tecnologias, como o voto
electrónico, a própria representação de imigrantes na assembleia legislativa
dos açores, as contas poupança imigração, há toda uma política de apoio às
comunidades que se podia reforçar," referiu.
Paulo Pisco, que coordenou a escolha dos
candidatos nos círculos da Emigração, disse à Agência Lusa que a elaboração das
listas teve em conta "a representatividade dos países e das secções do PS
no estrangeiro em termos eleitorais e a necessidade de uma boa cobertura e
abrangência em termos geográficos no que respeita à localização das comunidades
portuguesas".
O responsável socialista adiantou que,
durante a campanha, os candidatos irão colocar a tónica na acção
"reformista" do Governo em termos nacionais e das comunidades,
apoiados num programa eleitoral que, segundo afirmou, "pretende dar uma
nova dimensão às políticas para as comunidades portuguesas, valorizando mais a
sua estrutura governativa".
Por seu lado, Paulo Pisco, que coordenou a
escolha dos candidatos PS nos círculos da Emigração, disse à Agência Lusa que a
elaboração das listas teve em conta "a representatividade dos países e das
secções do PS no estrangeiro em termos eleitorais e a necessidade de uma boa
cobertura e abrangência em termos geográficos no que respeita à localização das
comunidades portuguesas."
Pisco adiantou que, durante a campanha, os
candidatos irão colocar a tónica na acção "reformista" do Governo em
termos nacionais e das comunidades, apoiados num programa eleitoral que,
segundo afirmou, "pretende dar uma nova dimensão às políticas para as
comunidades portuguesas, valorizando mais a sua estrutura governativa."
Segundo a Direcção-Geral da Administração
Interna (DGAI), cerca de 167 mil boletins de voto para as eleições legislativas
foram enviados para os emigrantes portugueses, dos quais 94.471 foram para Fora
da Europa, cujos eleitores votam por
carta. As
instruções para votar são as seguintes: Os eleitores residentes no estrangeiro
vão receber por correspondência em casa o boletim de voto, assinalam com uma
cruz no boletim e dobram em
quatro. Colocam o boletim de voto no envelope verde sem mais
nada e fecham-no. É importante, nunca escrever nada no envelope verde, nem
colocar lá dentro outro papel além do boletim de voto. De seguida, colocam o
envelope verde dentro do envelope branco, devidamente preenchido, com uma
fotocópia, dos dois lados, do cartão de eleitor, ou na sua ausência, colocam a
cópia de uma certidão de eleitor emitido pelo consulado respectivo.
O Jornal, aqui.