Data 8 de setembro de 2023
Duração 03:24:23
Local Zoom
Organização Município de Ourém em parceria com o Observatório da Emigração
Neste seminário, realizado com o objetivo de abordar o panorama atual da emigração portuguesa, bem como interpelar e refletir sobre as trocas culturais e representações identitárias construídas a partir das trajetórias migratórias, foram apresentadas seis comunicações divididas em três paineis. Aqui poderá assistir à sessão de abertura que contou com a participação do Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque, do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, de Mário Ribeiro, em representação do Alto Comissariado para as Migrações, e de Cláudia Pereira, coordenadora executiva do Observatório da Emigração. Poderá também assistir ao I e II painéis do seminário “Emigração atual e histórica”, que contou com a apresentação do estudo Caracterização da emigração portuguesa no século XXI, por Carlota Moura Veiga e Inês Vidigal, e A ditadura de Salazar e a emigração. O Estado português e os seus emigrantes em França (1957-1974), por Victor Pereira, com moderação de Cláudia Pereira, e “Efeitos nos locais de origem: as casas dos emigrantes”, que contou com a apresentação do estudo Casas (pós-)rurais entre 1900 e 2015: expressões arquitetónicas e trajetórias identitárias, de Ana Saraiva, e Do lugar da Casa, à Casa como Lugar. A casa do emigrante luso-brasileiro na valorização da Arquitetura e do espaço urbano, por António Afonso de Deus, com moderação de Carlota Moura Veiga.
Sobre os oradores
Carlota Moura Veiga é licenciada e mestre em ciência política pelo Iscte-Instituto Universitário de Lisboa. É, desde 2017, assistente de investigação no Observatório da Emigração, onde é responsável pela comunicação e divulgação e coordenadora editorial das publicações periódicas OEm Conversations With. Encontra-se, atualmente, inserida no projeto “Estudo comparado das políticas públicas da diáspora”, financiado pela Secretaria de Estado para as Comunidades Portuguesas, e no Laboratório de Competências Transversais do Iscte, onde exerce atividades de docência. É coautora do anuário estatístico Emigração Portuguesa. Relatório Estatístico, e dos artigos científicos “Emigração e política: análise aos programas eleitorais e iniciativas legislativas, 2011 a 2019” (2022), “Do students with immigrant and native parents perceive themselves as equally engaged in school during adolescence?” (2021) e “A emigração portuguesa no século XXI”. Trabalhou, durante um ano e meio, na Embaixada de Portugal em Berna onde aprofundou conhecimentos na área das migrações ao trabalhar diretamente com a comunidade portuguesa, e realizou um estágio curricular na Comissão de Segurança Social e Trabalho que, levou posteriormente, à realização da dissertação de mestrado “O estado e a família: as políticas de apoio à família e o familismo como fatores de sustentabilidade do estado-providência português”.
Inês Vidigal é licenciada em geografia pela FLUL, mestre em políticas europeias pelo IGOT-UL e doutoranda em sociologia no Iscte-IUL. É, desde 2014, assistente de investigação no Observatório da Emigração, onde é responsável pelos dados estatísticos no website e sua comunicação para o público em geral. É a coordenadora editorial das publicações periódicas, OEm Fact Sheets e Portuguese Emigration Factbook. É co-autora de várias publicações sobre emigração, entre as quais, o anuário estatístico Emigração Portuguesa. Relatório Estatístico. Participou em projectos de investigação ligados às migrações no IGOT-UL e no ISCTE-IUL. Trabalhou na Pordata – Base de Dados de Portugal Contemporâneo durante três anos, onde divulgou informação estatística de indicadores sociais e económicos, em acesso livre, para a sociedade civil.
Victor Pereira é doutorado em História Contemporânea pelo Institut d'Études Politiques de Paris (2007). Professor auxiliar da Université de Pau et des Pays de l'Adour entre 2010 e 2021, é atualmente investigador do Instituto de História Contemporânea. É membro do conselho editorial de várias revistas científicas (Lusotopie, Histoire@politique, Análise social, Exils et migrations ibériques au XXème siècle). Coordenou, com Nuno Domingos, o livro O Estado Novo em questão (Edições 70, 2010) e publicou A ditadura de Salazar e a emigração. O Estado português e os migrantes em França (1957-1974) (Temas e Debates, 2014). Colaborou com o Musée National de l'histoire de l'Immigration (Paris) e participou no desenvolvimento de exposições (Refuser la guerre coloniale, Paris, 2019, 1940 : l'exil pour la vie, Bordéus, 2020-2021).
Ana Saraiva é investigadora do Centro em Rede de Investigação em Antropologia. É, desde 2001, antropóloga no município de Ourém, assumindo atualmente a chefia da Divisão de Ação Cultural. Programou e dirige o Museu Municipal de Ourém. Participa em projetos de pesquisa e de programação centrados nas áreas da antropologia e da museologia, com publicações sobre discursos de representação cultural. Em 2017, a sua tese de doutoramento, Casas (pós) rurais entre 1900 e 2015: expressões arquitetónicas e trajetórias identitárias, foi publicada em livro..
António Afonso de Deus licenciou-se em arquitetura em 1994. É mestre em recuperação arquitectónica pela Escola Técnica Superior de Arquitectura da Corunha (1999), e em arquitetura pela Universidade Lusófona do Porto (2011). Publicou um livro e um capítulo noutro, em co-autoria. Professor assistente na Universidade Lusófona do Porto, no curso de mestrado integrado em arquitetura, no qual desempenha funções de secretário pedagógico, e nas licenciaturas em engenharia civil e engenharia do ambiente. Desenvolve a atividade profissional com destaque na recuperação de edifícios. Desempenhou a função de técnico superior no Município de Oliveira de Azeméis, ao serviço do Gabinete de Turismo e Artesanato, intervindo na área do património edificado (2005-2011). Integrou o painel de consultores para elaboração da candidatura a Património Cultural da Humanidade do Mosteiro de S. Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto (2015-2017). Atualmente prossegue a investigação na área do desenho e território, com trabalho aplicado à ocupação colonial, em Angola (trabalho em curso).
Sobre as moderadoras
Cláudia Pereira é doutorada em antropologia com pós-doutoramento em sociologia. Investigadora auxiliar e professora do ISCTE-IUL, integrada no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL). Anteriormente realizou o programa Erasmus durante a licenciatura na Vrije Universiteit, na Holanda, e foi Visiting Scholar durante o doutoramento na Brown University, nos EUA. É coordenadora executiva do Observatório da Emigração, onde, entre outras atividades, é responsável pelo Relatório Estatístico da Emigração Portuguesa, produzido anualmente para o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Foi Secretária de Estado para a Integração e as Migrações, no XXII Governo Constitucional. Nestas funções, com a sua equipa e em cooperação com outras áreas governativas e institutos públicos, removeu obstáculos nos cursos de aprendizagem da língua portuguesa, tendo criado a Portaria para os cursos de Português Língua de Acolhimento. Pela primeira vez, os estrangeiros e requerentes de asilo a aguardar a finalização da sua regularização passaram a poder aprender a língua portuguesa. Criou a Rede Integrar Valoriza, com mais de 50 municípios, para reforçar a articulação entre a administração pública e as câmaras municipais nas políticas de integração. Dinamizou o trabalho em rede no governo e na adminsitração pública para a implementação do Pacto Global para as Migrações. De igual modo, contribuiu para a Lei do Cartão de Cidadão para Pessoas Sem Morada Fixa em Portugal, para sem-abrigo e portugueses ciganos nómadas, o que agilizou o acesso a cuidados de saúde, habitação, formação e emprego, ou seja, à igualdade de oportunidades. No âmbito das pessoas refugiadas implementou o Grupo Operativo Único, que passou a assegurar a cooperação e coordenação entre os vários intervenientes do Estado. Em conjunto com a sua equipa, coordenou a task force para o acolhimento de emergência de pessoas do Afeganistão, bem como da Ucrânia.
Carlota Moura Veiga é licenciada e mestre em ciência política pelo Iscte-Instituto Universitário de Lisboa. É, desde 2017, assistente de investigação no Observatório da Emigração, onde é responsável pela comunicação e divulgação e coordenadora editorial das publicações periódicas OEm Conversations With. Encontra-se, atualmente, inserida no projeto “Estudo comparado das políticas públicas da diáspora”, financiado pela Secretaria de Estado para as Comunidades Portuguesas, e no Laboratório de Competências Transversais do Iscte, onde exerce atividades de docência. É coautora do anuário estatístico Emigração Portuguesa. Relatório Estatístico, e dos artigos científicos “Emigração e política: análise aos programas eleitorais e iniciativas legislativas, 2011 a 2019” (2022), “Do students with immigrant and native parents perceive themselves as equally engaged in school during adolescence?” (2021) e “A emigração portuguesa no século XXI”. Trabalhou, durante um ano e meio, na Embaixada de Portugal em Berna onde aprofundou conhecimentos na área das migrações ao trabalhar diretamente com a comunidade portuguesa, e realizou um estágio curricular na Comissão de Segurança Social e Trabalho que, levou posteriormente, à realização da dissertação de mestrado “O estado e a família: as políticas de apoio à família e o familismo como fatores de sustentabilidade do estado-providência português”.