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Os novos movimentos migratórios portugueses para a Suíça
2022-03-29
Tese de doutoramento de José Carlos Laranjo Marques em sociologia com especialização em sociologia rural e urbana, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, em 2006, sobre a emigração portuguesa para a Suíça, sob orientação de Maria Ioannis Baganha.

Título  Os novos movimentos migratórios portugueses. O caso da emigração portuguesa para a Suíça
Autor  José Carlos Laranjo Marques
Orientadora  Maria Ioannis Baganha
Ano  2006
Institutição  Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra
Grau  Doutoramento
Área  Sociologia com especialização em sociologia rural e urbana
Palavras-chave  Migrações internacionais
URI  http://hdl.handle.net/10316/489

 

Resumo 

O movimento migratório português para a Suíça constituiu o tema central do presente trabalho. A partir da constatação de que os fluxos migratórios de saída não se extinguiram com o encerramento das fronteiras dos países industrializados da Europa à entrada de imigrantes laborais, a pesquisa orientou-se para a análise aprofundada do contexto político e migratório em que se processou aquele movimento. Até ao final da década de 70 os portugueses mantiveram-se à margem dos fluxos imigratórios na Suíça devido à confluência de uma série de fatores no país de origem e no país de destino. Do lado português, a existência de destinos emigratórios mais relevantes, em que as redes migratórias já se encontravam suficientemente estruturadas para a manutenção do fluxo. Do lado helvético, o recrutamento de trabalhadores estrangeiros em países considerados culturalmente próximos, com os quais a Suíça tinha uma longa história de recrutamento de trabalhadores, e a inexistência de recursos migratórios que pudessem sustentar o desenvolvimento da migração portuguesa para a este país. A desestruturação deste conjunto de fatores em ambos os países criou as condições necessárias para o desenvolvimento da emigração de portugueses para a Suíça, a qual adquire maior intensidade com o desenvolvimento de redes migratórias ativas em ambos os extremos do fluxo. O trabalho demonstra que a política de imigração do país de acolhimento e a estrutura do mercado de trabalho helvético influenciam quer a natureza do fluxo migratório português para a Suíça, quer a inserção dos portugueses na sociedade helvética. A análise longitudinal de dois grupos de migrantes portugueses que entraram pela primeira vez na Suíça em 1981 e 1985 ilustram o efeito destes dois fatores sobre a mobilidade legal, profissional e geográfica dos migrantes portugueses.

 

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