Título O desemprego de indivíduos com formação superior. A emigração como uma possível solução
Autor Sabrina Lopes
Orientadora Carlos José Cabral Cardoso
Ano 2013
Institutição Faculdade de Economia, Universidade do Porto
Grau Mestrado
Área Economia e gestão internacional
Palavras-chave Desemprego, emigração, fuga de cérebros
URI https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/69835
Resumo
O desemprego é um problema que afeta muitas pessoas, incluindo jovens e pessoas qualificadas. Também a emigração é cada vez mais comum e cada vez mais entre os jovens e os mais qualificados, o que pode configurar o que habitualmente se designa por fuga de cérebros. A emigração tem várias consequências, mas a maioria dos autores aponta mais desvantagens que vantagens para os países de origem. Se o desemprego e a emigração já são preocupantes por si só, o cenário piora quando estes coexistem em níveis elevados numa economia, sobretudo quando falamos de indivíduos com formação superior, pois representam uma maior perda de capital humano. Estando Portugal numa fase em que grande parte dos recém-formados não consegue entrar no mercado de trabalho, é importante analisar a atual situação deste segmento da população e perceber se existe o risco de muitos jovens abandonarem o nosso país e tentar antecipar quais os problemas que daí surgiriam. Com esse objetivo realizaram-se inquéritos, às portas dos centros de emprego, a 100 pessoas desempregadas com formação superior. Foram-lhes colocadas questões quanto à situação de desemprego e quanto às suas perspetivas futuras, principalmente em relação à possibilidade de emigrar. A análise das respostas obtidas permitiu concluir que os jovens graduados veem na emigração uma boa possibilidade para conseguirem ultrapassar a situação de desemprego. A possibilidade de emigrar é maior entre os homens. A maioria dos inquiridos pensa emigrar sozinho e independentemente da área de formação ou do tipo de desemprego a probabilidade de emigrar é sempre elevada. A grande maioria escolhe países de destino mais desenvolvidos que Portugal. No entanto, a grande maioria pretende voltar a Portugal no futuro. Assim, este estudo conclui que pode vir a ocorrer um elevado nível de fuga de cérebros num futuro próximo e recorrendo às ideias dos diversos autores citados na revisão da literatura tenta-se identificar as principais consequências e as possíveis formas de evitar ou remediar este fenómeno.