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Escolas, autoridades locais e pais contribuem para sucesso escolar dos alunos portugueses no Reino Unido
2009-07-19
Jovens portugueses atingem números acima da média Maior envolvimento das escolas, autoridades locais e dos pais contribuem para o sucesso escolar dos jovens portugueses em Londres, que está a atingir números acima da média, afirmam vários responsáveis.

 (Lusa) Os alunos portugueses do concelho de Lambeth, no sul da capital britânica, são a comunidade com uma das maiores evoluções nos vários níveis de educação, tendo no ano passado superado pela primeira vez a média local de notas máximas dos exames secundários, mostram números divulgados esta semana.

Lambeth é o município londrino onde se concentra a comunidade portuguesa, estimada em cerca de 50 mil pessoas, perto de um quinto da população total naquela autarquia, estando identificados cerca de 2 200 alunos portugueses nas escolas primárias e secundárias.

Enquanto que a média geral de notas máximas nos General Certificate of Secondary Education (GCSE) se ficou pelos 62 por cento, os alunos portugueses conseguiram em 2007/08 chegar aos 63 por cento, um salto de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior e de 34 pontos percentuais no conjunto dos últimos seis anos.

Para Luísa Ribeiro, professora consultiva para o sucesso dos alunos portugueses em Lambeth, estes números são importantes porque indicam uma boa hipótese de mais alunos portugueses entrarem na universidade, que na hora da selecção exige boas notas nestes exames [equivalentes aos exames nacionais do Ensino Básico em Portugal].

A docente vê nestes números uma consequência dos projectos que tem promovido nos últimos anos, como os intercâmbios com escolas portuguesas (que vai alargar para o Brasil e Moçambique) e os prémios de desempenho escolar que "deram uma atenção positiva para Portugal", diz à Agência Lusa.

"Muitas das escolas tinham um desconhecimento da realidade social e cultural portuguesa e os pais, que não falavam inglês e tinham falta de confiança, não sabiam como ajudar os filhos", descreve.

Mas a atitude mudou e as autoridades locais tentam agora "chegar a todas as comunidades", admite Cristopher Toye, director da escola primária Wyvill, onde estudam 220 crianças de origem portuguesa, quase metade do total.

No caso desta escola, foram contratados vários professores portugueses, que ajudam no contacto com os pais e dão apoio aos alunos lusófonos.

O resultado é "extremamente positivo porque antes o desempenho [dos alunos portugueses] era muito baixo e agora é o que tem maior progresso", refere, aludindo ao facto de as notas mais elevadas nos exames finais terem sido alcançados por um menino e menina portugueses.

DNOTICIAS.PT, aqui, acedido em 20 de Julho de 2009.

 

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