Organizado com o apoio da PARSUK, uma associação
criada em Março de 2008 para promover a integração de estudantes e
investigadores portugueses no Reino Unido, o Luso2009 pretendia dar maior
ênfase "às oportunidades de emprego e à situação actual em diferentes áreas científicas,
em Portugal e no Reino Unido", explicou Luis Valente.
Outra inovação em relação às edições anteriores foi a existência de um painel
dedicado às oportunidades globais, "não apenas das que existem no nosso país de
origem ou no de residência", explicou o organizador, explicando que outro facto
de inovação foi o espaço concedido aos estudantes de artes para exibirem o seu
trabalho.
Luis valente sublinha porém que há características que mantiveram das duas
edições anteriores, como "o entusiasmo e a dedicação das diferentes equipas que
trabalharam para estas três edições.
Sem a ajuda e os conselhos dos organizadores do Luso2007 e Luso2008, teria sido
muito mais difícil pensar o Luso2009", confessa um dos organizadores.
Perspectivas de emprego
Para além de colocar estudantes e investigadores em contacto, o encontro
permitiu a discussão sobre temas que de preocupação comum e ainda dar a
conhecer perspectivas de emprego em diferentes áreas, em Portugal e no Reino
Unido. "Queremos continuar a «misturar» pessoas de diferentes áreas e permitir
que se conheçam e que partilhem experiências e ideias", destacou Luis Valente.
Sobre as perspectivas de carreira em Portugal, Luis Valente diz para já, é
"unânime e indiscutível" que o Reino Unido possui actualmente "uma maior
diversidade de oferta a nível de ciência, e um muito maior número de centros de
investigação". "No entanto, por aquilo que nos foi mostrado nos últimos
encontros e pela nossa experiência, acreditamos que tem havido uma evolução
muito positiva na investigação que se faz em Portugal nas diferentes áreas",
acredita.
Este ano, o encontro contou com a presença ministro da Ciência e Tecnologia,
Mariano Gago, que presidiu à sessão de abertura e participou num debate sobre
Educação, Ciência e Investimento. Marcaram presença ainda Marçal Grilo,
administrador da Fundação Gulbenkian, e Basílio Horta, presidente da AICEP.
Painéis dedicados às oportunidades globais e ao «networking», à ciência e
tecnologia, às ciências económicas e financeiras, à investigação e
desenvolvimento e às ciências socias e humanas, fizeram ainda parte do programa
do encontro que terminou com a intervenção do professor Hermínio Martins, um
dos mais proeminentes sociólogos portugueses, que reside no Reino Unido.
Ana Grácio Pinto
Mundo Português, aqui, 02 de Julho de 2009.