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A viagem "a salto": da sobrevivência ao negócio da emigração nos anos 60
2016-10-29
Entre frio e fome, em outubro de 1964, foram precisos "23 dias a pé" entre a aldeia de Louriçal de Campo, em Castelo Branco, e a cidade francesa de Lyon, para que Manuel Dias Vaz escapasse à ditadura.

O português pagou "14 contos" - o valor de "uma junta de vacas" - pela viagem que negociou da forma mais secreta possível porque "nas aldeias as denúncias eram constantes, inclusive no seio das famílias".

"A minha avó, a mãe do meu pai, se ela soubesse que eu estava a projetar vir a salto, era capaz de me denunciar porque, para ela, eu devia ser um dos soldados que ia defender a pátria. Para ela, o facto de eu não ir para a guerra era uma maneira de trair os valores da nação", contou à Lusa o presidente da Rede da Aquitânia para a História e Memória da Imigração.

Antes de chegar a França, o português deixou a aldeia natal de táxi, à noite, até à aldeia de Aranhas, no concelho de Penamacor, a partir de onde caminhou quatro dias até perto da Cidade Rodrigo, na província espanhola de Salamanca, onde passou mais dois dias "à espera de uma camioneta de gado" que o levou até Vitória, no País Basco, tendo depois gasto "oito, nove dias" para atravessar as montanhas, a pé, num "inverno terrível", com "30 centímetros de neve nos Pirinéus".

 

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