A França vai recordar o primeiro centenário do acordo de mão-de-obra franco-português com colóquios em Hendaia, Bordéus e Paris, a 28 de outubro, 25 de novembro e 10 de dezembro, respetivamente, disse à Lusa Manuel Dias Vaz, coorganizador do evento.
O dia do centenário da convenção franco-portuguesa de mão-de-obra é a 28 de outubro, data escolhida para o primeiro colóquio, na cidade de Hendaia, no sul de França, com a participação de vários especialistas da história da emigração portuguesa para França, como Marie-Christine Volovitch-Tavares, Cristina Clímaco, Vítor Pereira, Ivete dos Santos e Laurent Dornel.
“O objetivo é comemorar o próprio dia do centenário. O acordo foi a pedido do governo francês, sobretudo do ministro da Agricultura, porque em fins de 1915, princípios de 1916, havia uma necessidade gigantesca de mão-de-obra em França. O ministro da Agricultura recebeu o embaixador de Portugal em Paris para lhe pedir para intervir junto das autoridades portuguesas para que viessem para França 20 mil portugueses por ano para a agricultura, mas também para a indústria e trabalhos públicos”, explicou Manuel Dias Vaz, membro-fundador do Museu da História da Imigração, em Paris.
Manuel Dias Vaz, que também é presidente da Rede da Aquitânia para a História e Memória da Imigração, sublinhou que apesar do acordo “prever 20 mil chegadas por ano, só vieram entre 13 a 14 mil portugueses” para responder à necessidade de trabalhadores face à mobilização francesa para a Primeira Guerra Mundial.