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Inês e Eric: dois rostos da nova emigração
2016-08-19
Inês Lamy e Eric Baudoin são um casal jovem com dois filhos. Sem perspetivas em Portugal, são dois dos rostos da nova vaga de emigração que tem levado para o mundo inteiro milhares de jovens portugueses. No início de 2014 rumaram para Paris em busca de uma vida melhor.

Eric nasceu em Portugal, no seio de uma família francesa, viveu toda a sua vida em Portugal, confessou que foi tão difícil para ele emigrar como para qualquer português. Inês produz artigos de bijuteria feitos à mão que vende em lojas online onde tem alcançado bastante sucesso. O jornal ‘Mundo Português’ recolheu o testemunho deste jovem casal, tão parecido com muitos dos nossos amigos e familiares que, como eles, continuam a sair de Portugal na busca de melhores condições de vida além-fronteiras.

O que é que vos levou a emigrar para França?
Inês - Eu tinha acabado de ser mãe e as condições em Portugal para os casais com filhos não são, digamos assim, muito positivas. Então decidimos emigrar até porque o meu marido é francês e a França pareceu-nos um bom caminho a seguir e com algumas oportunidades para as crianças. Entretanto nasceu outro filho e com ele nasceram os meus projetos.

(...) Em Setembro abri a ‘XTory’ e em Outubro abri a ‘Kortici’, ainda não têm um ano e já tem tido bastante aceitação.
‘Xtory’ é um projeto de bijuteria a partir do design dos azulejos (...)

Eric - Eu já nasci em Portugal. Nunca tinha vivido na França. O meu raciocínio para emigrar foi exatamente o mesmo que qualquer português. O facto de na altura termos tido uma criança, foi determinante para darmos o salto, uma vez que víamos que era muito difícil manter uma família em Portugal. Decidimos ir à procura de uma oportunidade e concretizámos. Foi muito difícil morar lá, não estávamos à espera que fosse tão difícil todo o processo burocrático. França é um país mais burocrático do que alguma vez pensámos. Nós saímos de Portugal onde pensamos que tudo é desorganizado e que é excessivamente burocrático, mas constatamos que consegue ser muito menos burocrático e desorganizado do que França. Realmente não estávamos preparados para esta situação. Este foi talvez um dos motivos que terá ajudado a Inês a lançar-se em casa porque demorou muito tempo até legalizarmos a nossa situação. Sendo uma mulher ativa não quis ficar parada.

 

Ler artigo completo no Mundo Português, aqui.

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