Lisboa, 23 Jun (Lusa) - A ideia de Lusofonia começa numa "comunidade informal" reunida em torno da cultura e ganha corpo nas instituições que promovem a língua portuguesa, defende uma investigadora da Universidade Nova de Lisboa.
Carmen Maciel, que está a construir uma tese de doutoramento sobre a construção da comunidade lusófona, disse hoje à Agência Lusa estar a investigar "como é construída a comunidade lusófona, até que ponto a produção cultural é a sua porta de entrada".
No curso da investigação, Carmen Maciel concluiu já que "existe uma comunidade informal, uma comunidade lusófona construída pela sociedade civil que toma corpo nas instituições como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ou o Instituto Camões".
Apesar de estas instituições serem uma espécie de rosto visível da ideia de lusofonia, Carmen Maciel frisa que "há algo prévio, mais vasto, que faz as pessoas moverem-se numa causa comum, que é a da Língua, que as faz congregarem-se para este interesse comum" em iniciativas como os encontros de escritores portugueses no estrangeiro.
Para concluir a tese, Carmen Maciel conta com a colaboração da CPLP na divulgação de um questionário sobre o que se entende por comunidade lusófona e a familiariedade das pessoas com essa ideia, bem como o seu sentido de pertença.
A primeira versão da tese de doutoramento deverá estar pronta em Novembro deste ano.
APN.
Jornal Expresso, aqui, acedida em 25 de Junho de 2009.