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Emigração e baixa natalidade ameaçam futuro da população de Portugal
2016-07-10
Número de residentes no país não para de cair com saída de anual de mais de 100 mil pessoas e a taxa de natalidade mais baixa da Europa.

Portugal tem hoje 10,4 milhões de habitantes, mas esse número diminui a cada ano. Além de ter uma população envelhecida onde morrem mais pessoas do que nascem, há uma recente onda de emigração eminentemente jovem que supera 100 mil pessoas anualmente. Projeções indicam que se nada for feito, a população portuguesa continuará diminuindo nas próximas décadas e pode chegar a pouco mais de 7 milhões de pessoas em 2080.

Essa tendência demográfica e a redução da taxa de natalidade trazem uma situação classificada como preocupante pelo sociólogo Elísio Estanque, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. "Se a isso associarmos os recentes fluxos de emigração de portugueses para o estrangeiro (contando que quem emigra são os mais jovens ou, pelo menos, em idade de maior fertilidade) a situação terá de ser rapidamente abordada com medidas de política que travem e invertam tais tendências", explica o professor em entrevista à Sputnik. 

Não é preciso ser especialista em questões demográficas ou vidente para chegar à conclusão óbvia: se o status quo continuar como está hoje, em alguns séculos a população portuguesa pode desaparecer. O problema é visível em qualquer cidade do país. Quem visita Portugal pela primeira vez se surpreende com a quantidade de idosos, a ausência de crianças e jovens nas ruas e, inclusive, a troca de postos de trabalho por máquinas nos serviços mais básicos. É comum, por exemplo, se deparar com uma estação de metrô sem funcionários, na qual o bilhete do transporte público só pode ser comprado em uma máquina automática e, caso o estrangeiro precise pedir uma informação, a ausência de um ser humano é um empecilho recorrente.

Em regiões afastadas dos grandes centros, como o Alentejo, há pequenas cidades nas quais o número de casas abandonadas não para de crescer. No Algarve, região de praias no Sul de Portugal, o número de residentes estrangeiros é tão grande que mudou até sinalização de trânsito. As placas de "pare" nas esquinas agora dizem "stop", em inglês, e um dos prováveis motivos é o grande número de ingleses que se mudaram para lá, além dos turistas que visitam a região do conhecido "sunny Portugal".

 

Ler artigo completo no Sputnik Brasil, aqui.

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