Dois dias depois da hecatombe - o Reino Unido votou para sair da UE, é inédito nos 65 anos do embrião da união dos 28 estados - há uma pequena mudança que os portugueses apontam a olhar para a rua: "Londres está muito mais silenciosa, não nota? É um silêncio meio estranho, acho que é de preocupação. Claro que tudo há de voltar ao normal, mas isso será outra questão. É que agora não sabemos o que vai ser o normal".
Ricardo Moreira, 37 anos, vindo da Praia das Maçãs, Sintra, vive e trabalha em Londres (opera na Tiles & Stones, empresa de construção e colocação de mármores, direcionada para as classes média e alta) há nove anos e, para ele, que apontou o silêncio surreal, este golpe de teatro ainda está agora a começar: "Ontem acordei em choque, acabou-se o status quo e isso traz-nos muita incerteza. Para mim, o maior medo que nos atravessa a todos é o medo do desconhecido, porque aquilo que os ingleses fizeram foi dar um tiro no escuro. E nem nós nem eles sabemos se acertaram no alvo, se acertaram em nós ou se afinal acertaram neles mesmos".
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