De porta de casa em Portugal à porta de casa na Suíça. E com toda a bagagem que queiram levar consigo - enchidos e queijos da terra incluídos. No tempo dos voos low cost e das promoções de passagens aéreas a preços inimagináveis há uns anos, a comodidade e facilidade são as principais razões que levam a maior parte dos emigrantes portugueses a optar por percorrer sobre quatro rodas os cerca de 1.500 quilómetros entre os principiais pontos de ligação dos dois países. Mas fazem-no num transporte completamente à margem das regras.
O que está em causa nem é tanto a diferença de preços. Uma viagem entre Lamego e Genebra - numa carrinha como aquela em que, há uma semana, 12 portugueses morreram, num choque frontal - nunca ficará a menos de 130 euros. Se as malas forem muitas, o valor ‘simbólico' a cobrar pode facilmente fazer a deslocação chegar perto dos 200 euros. Só de ida.
Um voo pela TAP entre o Porto e Genebra, na tarifa mais baixa, pode ficar pouco acima desse valor - mas o avião não recolhe os passageiros em casa, não os leva ao ponto preciso em que querem terminar a viagem e muito menos ajuda a carregar as malas.
Só que o risco é maior quando a viagem se faz nestes meios de transporte que atuam à margem da lei. Por vezes, a ânsia de chegar é tal que as paragens são reduzidas ao mínimo indispensável, porque cada minuto conta.
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