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Emigrantes lesados do BES suspendem diálogo com Governo face à recusa do Novo Banco em negociar
2016-06-07
Associação dos Emigrantes Lesados Portugueses garante que só será retomado o diálogo logo que o Novo Banco se mostre disponível para apresentar uma solução aceitável para indemnizar os 2.000 emigrantes lesados com a derrocada do BES. E ameaçam com novas manifestações.

A Associação Movimento dos Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP) interrompeu o diálogo com o representante do Governo nas negociações com vista a uma solução para indemnizar os 2.000 emigrantes lesados com a derrocada do BES, que fizeram aplicações no valor de 150 milhões euros e que não aceitaram a solução apresentada pelo Novo Banco. Em causa está a recusa da entidade liderada por Eduardo Stock da Cunha de participar nestas negociações, uma das exigências desta associação que continua a aguardar nova proposta de solução do Novo Banco.

A indicação à AMELP da “falta de boa vontade” do Novo Banco em se sentar à mesa das negociações foi dada ontem por Diogo Lacerda Machado, na sequência de uma reunião entre os responsáveis da associação, os seus advogados o representante do Estado, nomeado pelo primeiro-ministro.

“A AMELP entende que para continuar o diálogo será necessário o Novo Banco vir sentar-se à mesa. Enquanto esta entidade não apresentar uma solução aceitável, não retomaremos o diálogo”, avançou ao Económico Luís Marques, presidente da AMELP, dando conta que Diogo Lacerda Machado garantiu que iria “fazer as diligências necessárias junto do Novo Banco para haver continuidade de negociações”.

Este responsável explica que o Novo Banco mantém a solução comercial apresentada no Verão do ano passado aos milhares de emigrantes detentores de vários produtos comercializados pelo BES (Poupança Plus, Top Renda e Euro Aforro), com vista à recuperação faseada da quase totalidade das aplicações, tendo tido acolhimento por parte de 80% dos 7.000 clientes em causa. Mas muitos clientes não aceitaram essa proposta, tendo a AMELP considerado que a complexidade da solução não se adequava ao perfil financeiro dessas pessoas.

No caso dos produtos Euro Aforro 10 e EG Premium, o banco não fez qualquer proposta para esses clientes (cerca de 400), justificando que não era possível pelo tipo de produto financeiro em causa.

 

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