A maioria dos emigrantes portugueses e lusodescendentes mantém a intenção de continuar na Venezuela. Esta foi a mensagem que o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, trouxe deste país da América Latina, onde vive para cima de meio milhão de portugueses. “Da generalidade das pessoas que ouvi – de forma detalhada e demorada, ouvi entre 40 a 50 na quinta-feira – o que se pode perceber é que mantêm quase todas a convicção de que este país tem recursos e meios que lhes permite continuar a fazer dele a nação do futuro. Há apenas alguns lusodescendentes qualificados que querem emigrar para conseguirem melhores empregos”, afirmou citado pelo Expresso.
Com cerca de 30 milhões de habitantes, a Venezuela, que há cerca de três décadas e meia era o mais rico e próspero país da América Latina, enfrenta atualmente não só uma, mas três crises – económica, política e social – de enorme dimensão. O antecessor de Nicolás Maduro, Hugo Chávez, chegou ao poder na viragem do milénio com a promessa de acabar com a miséria. Hoje, sob a liderança de Maduro, a Venezuela atingiu o nível mais baixo das últimas décadas em todas as vertentes. A economia, que depende das exportações de petróleo e das importações praticamente de tudo o resto, sofre uma seca de dólares, agravada pela queda nos preços do petróleo, fonte de 96% de suas divisas.
Em 2015, o Produto Interno Bruto contraiu 5,7%. A decadência acentua-se, com uma contração prevista para este ano de 8%, a pior performance mundial. O fosso acentuar-se-á em 2017 com mais 4,5%. Os desequilíbrios macroeconómicos são aprofundados pela queda dos preços do petróleo, desencadeando taxas de inflação estratosféricas. Em 2015, segundo o Banco Central venezuelano, a inflação foi de 180,9%. Prevê-se que dispare para 500% este ano e atinja uns incríveis 1600% em 2017.
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