"Ele foi o homem que mais ajudou os portugueses de todos os tempos. Encontrou-se numa situação como a que hoje se vê em Calais e teve de fazer face àquela miséria toda. Em vez de desmantelar o bairro de lata, decidiu mandar pôr água, luz e esgotos. Chegou a mandar professores levarem os alunos aos balneários públicos para tomarem duche e também distribuiu cobertores", disse à Lusa Valdemar Francisco, o mentor da iniciativa e presidente da associação Les Amis du Plateau.
O monumento vai ficar numa rotunda localizada a "cerca de 200 metros" do memorial aos emigrantes portugueses do escultor Rui Chafes e vai ter como peça central uma escultura a representar "um humanista e um homem com H grande" que foi presidente da Câmara de Champigny entre 1950 a 1975.
"Os portugueses que vieram nos anos 60 prestam homenagem ao Louis Talamoni e aos habitantes de Champigny cujas casas desvalorizaram muito no tempo dos bairros de lata. É também uma homenagem a França, para agradecer à França por nos ter recebido e nos ter integrado", continuou o presidente da associação.
Valdemar Francisco viveu nove anos no "bidonville" de Champigny-sur-Marne depois de ter chegado a França em 1960, com apenas seis anos, e decidiu avançar com o projeto porque "as pessoas estavam a morrer e tudo o que desaparece é esquecido".
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