Os 30 portugueses detidos no Peru são a principal preocupação do Governo. A maioria são jovens e que se prestam a ser "correios" de droga para a Europa a troco de dois mil/três mil ou cinco mil euros na melhor das hipóteses Não têm ligações no Peru nem meios de subsistência. O secretário de Estado das comunidades, António Braga, confirma ao DN que está a negociar um acordo com as autoridades peruanas para que os portugueses possam cumprir pena em Portugal.
Os estabelecimentos prisionais no Peru têm poucas condições e estão sobrelotados. E por isso, ao fim de um ano de detenção, as autoridades judiciais permitem que prisioneiros cumpram o resto da pena em liberdade condicional. No entanto, os detidos estrangeiros não podem abandonar o território e completar apenas no país de origem. As sentenças no crime de tráfico de estupefacientes aplicam uma pena média de três anos de prisão, o que faz com que tenham de ficar dois anos no país em liberdade condicional.
Sem família e meios de subsistência, torna-se complicado a sobrevivência dessas pessoas, existindo alguns casos graves a que as autoridades diplomáticas tentam dar resposta.
O Governo peruano parece estar sensibilizado para a questão e os governantes portugueses esperam conseguir chegar a um acordo até Setembro.
Diário de Notícias, aqui, acedido em 15 de Junho de 2009.