"Não só angolanos, mas pessoas que estão em Angola e que pensam sair por causa da crise. E brasileiros que estão em Portugal", disse Patrícia Marcelino à agência Lusa.
Os contactos são feitos pelas redes sociais e foi isso que a levou a editar em versão digital "Ó mãe, vou emigrar", dirigido a quem pondera emigrar para o Reino Unido.
"Permite chegar mais depressa a mais pessoas. A edição em papel deverá estar disponível no final do mês", adiantou.
O primeiro de três volumes cobre questões como os documentos necessários para mudar a residência para o Reino Unido, incluindo as questões relacionadas com o subsídio de desemprego em Portugal.
Os livros seguintes, que deverão sair nos próximos meses de dezembro e janeiro, explicam como fazer um currículo, procurar emprego, alojamento ou como lidar com as burocracias administrativas britânicas.
O guia tem o mesmo nome das oficinas que Patrícia Marcelino, voluntária junto da comunidade portuguesa em Londres, realiza em Portugal para aconselhar potenciais emigrantes.
"O objetivo", vincou, não é incentivar as pessoas a emigrarem, mas atrasar o máximo possível a vinda. Devem estudar e preparar-se bem antes de pôr a mochila às costas e só tomar a decisão depois de planear bem".
O projeto começou no início deste ano e tem realizado `workshops` com autarquias, estabelecimentos de ensino, agências de formação, preparando-se para trabalhar nos próximos dias com o Ministério da Defesa Nacional.
"Pretende mostrar aos ex-militares e militares contratados oportunidades após o fim dos contratos, que têm um limite de oito anos", explicou.
Patrícia Marcelino instalou-se em Londres em 2012 para terminar um doutoramento em comunicação, mas nos últimos anos dedicou-se a ajudar a comunidade portuguesa, organizado ações de culturais e de apoio social, como aulas de inglês.
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