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Este relatório teve como entidades proponentes e financiadoras o Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas (GSECP) e a Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP). O Observatório da Emigração e a Rede Migra foram as entidades responsáveis pela sua elaboração, no quadro do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL) do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).
Título |
Emigração Portuguesa. Relatório Estatístico 2015. |
Autores |
Rui Pena Pires, Cláudia Pereira, Joana Azevedo, Inês Espírito Santo, Inês Vidigal e Ana Cristina Ribeiro. |
Edição |
Observatório da Emigração e Rede Migra, CIES-IUL. |
Data |
Julho de 2015. |
Páginas |
324. |
Como citar
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Pires, Rui Pena, Cláudia Pereira, Joana Azevedo, Inês
Espírito Santo, Inês Vidigal e Ana Cristina Ribeiro (2015), Emigração Portuguesa. Relatório Estatístico
2015, Lisboa, Observatório da Emigração e Rede Migra, CIES-IUL, ISCTE-IUL, e DGACCP.
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Índice
Índice de quadros
Índice de gráficos
Índice de mapas
Agradecimentos
Nota técnica
Introdução
1 Emigração total e indicadores de enquadramento
1.1 Indicadores de
contexto 1.2 Emigração total 1.3 Comparação
internacional
2 Emigração para os principais países de destino, 2014
2.1 Dados de síntese 2.2 Fluxos de saída 2.3 População emigrada 2.4 Nacionalidade
3 Emigração para os principais países de destino, séries
cronológicas 2000-2014
3.1 Alemanha 3.2 Angola
3.3 Austrália 3.4 Áustria 3.5 Bélgica
3.6 Brasil 3.7 Cabo Verde 3.8 Canadá 3.9 Dinamarca 3.10 Espanha 3.11 Estados Unidos da América 3.12 França 3.13 Holanda (Países Baixos) 3.14 Irlanda 3.15 Itália 3.16 Luxemburgo 3.17 Macau (China) 3.18 Moçambique 3.19 Noruega 3.20 Reino Unido 3.21 Suécia 3.22 Suíça 3.23 Venezuela
4 População emigrada, dados dos censos de 2000/01 e de
2010/11, países da OCDE
4.1 População total emigrada em países da OCDE, 2001 e 2011 4.2 Sexo e idade, por país de residência, 2001
e 2011 4.3 Duração da estadia, por país
de residência, 2001 e 2011 4.4 Nível de
instrução, por país de residência, 2001 e 2011 4.5 Condição perante o trabalho, por país de
residência, 2001 e 2011
5 As remessas dos emigrantes
5.1 Remessas recebidas em 2014 5.2 Evolução das remessas recebidas, 1996-2014
5.3 Comparação internacional, 2013
Metadata
Referências
Bibliográficas
Sitografia
Apresentação
Para além de atualizar os dados compilados em 2014, o
Relatório de 2015 apresenta uma primeira exploração dos dados dos censos sobre
a emigração portuguesa nos países da OCDE, em 2001 e 2011. Da análise de todos
esses dados é possível retirar algumas conclusões gerais apresentadas na
introdução do Relatório, de entre as quais se destacam as seguintes:
- Portugal é hoje o país da União Europeia com
mais emigrantes em proporção da população residente. O número de emigrantes
portugueses supera os dois milhões, o que significa que mais de 20% dos
portugueses vive fora do país em que nasceu.
- Entre 2010 e 2013, o número de saídas de
Portugal cresceu mais de 50%. Entre 2013 e 2014, a emigração estabilizou em
torno das 110 mil pessoas por ano. É preciso recuar a 1973 para se encontrar
valores para a emigração desta ordem de grandeza.
- O Reino Unido é hoje o país para onde emigram
mais portugueses: 30 mil em 2013, 31 mil em 2014. Seguem-se, como principais
destinos dos fluxos, a Suíça (20 mil em 2013), a França (18 mil em 2012) e a
Alemanha (10 mil em 2014). Fora da Europa, os principais países de destino da
emigração portuguesa integram o espaço da CPLP: Angola (5 mil em 2014, 6.º país
de destino), Moçambique (4 mil em 2013, 9.º país de destino) e Brasil (2 mil em
2014, 11.º país de destino).
- A França continua a ser o país do mundo onde
vivem mais emigrantes portugueses (592,281 em 2011), mesmo não sendo aquele
para onde hoje se dirigem mais emigrantes portugueses. A Suíça surge em segundo
lugar, com mais de 210 mil emigrantes portugueses (211,451 em 2013). Ainda com
mais de 100 mil emigrantes portugueses residentes encontramos, por ordem
decrescente, os EUA (177 mil em 2014), Canadá (140 mil em 2011), Brasil (138
mil em 2010), Espanha (117 mil em 2014), Alemanha (107 mil em 2014) e Reino
Unido (107 mil em 2013).
- Na emigração portuguesa predominam os indivíduos
em idade ativa mas existe uma tendência geral para o envelhecimento. O grupo
etário dos emigrantes com mais de 64 anos passou de 9% para 16% entre 2001 e
2011, no conjunto dos países da OCDE, graças sobretudo ao contributo do grande
envelhecimento observado nos países de destino americanos, para onde diminui
muito a intensidade dos fluxos de entrada de novos portugueses. No Canadá,
aquela percentagem atingiu os 28% em 2011, valor que contrasta com o de 7%
observado no Reino Unido, no mesmo ano.
- Predominam também, entre os portugueses
emigrados, os indivíduos com baixas e muito baixas qualificações, embora se
observe um crescimento da proporção dos mais qualificados. A percentagem dos
portugueses emigrados com formação superior a residir nos países da OCDE
praticamente duplicou, passando de 6% para 11%, entre 2001 e 2011. No Reino
Unido, a percentagem dos emigrantes com mais de 15 anos que dispunham de um
diploma do ensino superior era, em 2011, de 38%. No polo oposto, os emigrantes
portugueses a residir em Espanha e no Luxemburgo com, no máximo, o ensino
básico, representavam, respetivamente, 74% e 73% dos emigrantes portugueses
residentes naqueles países com mais de 15 anos, em 2011.
- A evolução das remessas dos emigrantes
acompanhou, embora com menor intensidade, a evolução da emigração. Em 2014, o
valor das remessas de emigrantes recebidas em Portugal foi ligeiramente
superior a três mil milhões de euros (3,057,277,000), valor que representou
cerca de 1.8% do PIB daquele ano. Os dois países onde residem mais portugueses,
França e Suíça, foram também os países de origem de mais de metade das remessas
recebidas em Portugal em 2014 (29% e 26%, respetivamente). O terceiro país foi
Angola, de onde vieram 8% das remessas recebidas.
Este estudo integra o segundo relatório anual sobre
emigração portuguesa da responsabilidade do Gabinete do Secretário de Estado das
Comunidades Portuguesas.
Gráfico 1.1 Estimativa das saídas totais de emigrantes
portugueses, 2001-2014
Fonte Gráfico
elaborado pelo Observatório da Emigração com base nos dados sobre as entradas
de portugueses nos países de destino.
Gráfico 4.6 Nascidos em Portugal residentes em países da
OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo o nível de instrução, 2000/01 e 2010/11
Nota As
barras transparentes indicam que os dados ou não estão disponíveis ou resultam
de amostragens com problemas de fiabilidade.
Fonte Gráfico
elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on
Immigrants in OECD Countries, DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
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