A emigração portuguesa está assumir características estruturais e o seu impulso a partir de 2010 poderá permitir que continue a um ritmo muito elevado. O alerta parte do Observatório da Emigração.
"O grande impulso que a emigração teve nesta segunda fase da crise, desde 2010, provavelmente criou condições para que continue em níveis muito elevados mesmo passada a crise, mesmo que não tão elevados como hoje", referiu Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração e investigador do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES/ISCTE/UL), numa conferência, esta sexta-feira, em Lisboa.
As oportunidades de circulação, de informação sobre oferta de carreiras, as ofertas profissionais no exterior, deverão continuar a ser superiores às existentes em Portugal, e a existência de núcleos de portugueses fora do país que podem apoiar novos emigrantes vão tornar menos arriscado o projeto migratório, assinalou o investigador em declarações à Lusa.
O único fator que poderá alterar esta tendência, como frisou na sua intervenção, consiste no potencial impacto no mercado de trabalho do contínuo afluxo de imigrantes e refugiados à Europa.
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