É o elemento desestabilizador das contas. O partido Nós, Cidadãos! pode eleger, pelo menos, um deputado pelo círculo Fora da Europa, roubando um tradicional mandato ao PSD. Sem maioria no Parlamento, os sociais-democratas estão preocupados com as notícias que vão chegando dos dados da emigração e fazem contas à vida. É que a greve nos correios do Brasil, os escassos cinco envelopes que chegaram da África do Sul e o aumento exponencial do recenseamento em Macau podem pôr, pelo menos, uma cadeira que pensavam ser sua em causa. Se assim for, além do PAN, também o Nós, Cidadãos! terá um lugar na Assembleia da República, podendo estes dois deputados vir a ser estrategicamente usados pela esquerda para fazer número frente à coligação PSD/CDS.
A contagem dos votos dos residentes no estrangeiro é a última a ser feita, e é geralmente a mais demorada devido ao facto de os envelopes selados terem de ser enviados por correio para o Ministério da Administração Interna, em Lisboa. Por lei, há um desconto de dez dias desde o dia da eleição para que os votos dos quatro cantos do mundo tenham tempo de chegar a Lisboa e de ser contabilizados. Mas há sempre alguns que ficam pelo caminho.
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