Os dois círculos eleitorais representativos da diáspora elegem quatro deputados, sendo dois pela Europa e dois Fora da Europa e a abstenção nas legislativas de 2011, por exemplo, foi de 83,06%, o que significa que do total de 195.109 recenseados apenas votaram 33.059 eleitores.
Nas eleições legislativas, os emigrantes votam por correspondência e no último escrutínio foram eleitos três deputados da coligação PSD/CDS (Carlos Gonçalves/Europa e Maria João Ávila e Carlos Páscoa Gonçalves/ambos Fora da Europa) e um deputado do PS (Paulo Pisco/Europa).
A abstenção nas eleições para o parlamento europeu em 2014, em que o voto é presencial, nos consulados, à semelhança do que acontece na eleição do Presidente da República, foi ainda maior, chegando a 97,91%.
"Temos grandes abstenções entre os eleitores no estrangeiro que eu considero, muitas vezes, ser o resultado do que chamo de abstenção técnica", disse à Lusa o deputado Carlos Gonçalves, que lidera a lista da coligação Portugal à Frente pelo círculo da Europa.
Carlos Gonçalves alertou que na votação por correio o problema reside sobretudo na atualização das moradas dos eleitores. "As pessoas têm de se deslocar aos consulados para fazer as alterações das moradas, também o recenseamento, o que é impeditivo para muitas pessoas que têm de se deslocar centenas, milhares de quilómetros para tal", disse.
Segundo este candidato, "há também países onde o serviço postal não é fácil, ocorrendo extravios e, além disso, o eleitor tem de assumir os custos postais do envio do voto".
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