Lívia dos Santos, emigrante portuguesa de 37 anos a residir em Itália, em conjunto com os seus cinco filhos, de 23, 18, 14, 13 e 8 anos, foi expulsa da sua habitação, na passada segunda-feira, dia 20 de julho, por volta das 8h00 da manhã. Lívia recebeu uma ordem de despejo por parte da empresa que administra as habitações sociais na região da Lombardia, norte de Itália. Lívia, natural de Lisboa, vivia há 17 anos num apartamento com cem metros quadrados, no 4º andar do edifício nº11 do complexo na Avenida Belinzaghi. A casa pertence à L'Azienda Lombarda per l'Edilizia Residenziale (ALER), uma empresa pública com fins económicos, responsável pela construção de alojamentos para cidadãos italianos com problemas económicos e outros factores sociais de risco.
Esta emigrante portuguesa, divorciada desde 2009, saiu de Lisboa em 1998 com a mãe, e vivia no apartamento desde então. A ordem de despejo por executada pela Polícia Municipal de Milão, com recurso a 17 agentes, e cinco camiões para efectuar o transporte dos pertences da família luso-italiana. Segundo contou a portuguesa à imprensa italiana, a mãe terá falecido de cancro, levando a que atravessasse sérias dificuldades em pagar a renda, que foi aumentando para quase o triplo, ao longo dos anos. No local, estiveram os serviços sociais da ALER, que enfatizaram o facto de Lívia dever cerca de 60.000 euros de rendas em atraso, e que isso seria insustentável para a empresa. Já o sindicato de moradores, Unione Inquilini, invocou a terceira alínea dos estatutos da ALER, que afirmam ser dever da empresa proteger os inquilinos que estão com problemas económicos, apelando à responsabilidade social desta empresa com regalias públicas.
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