Desde 2009 e 2010, quando a população residente atingiu um máximos dos últimos anos, o número de pessoas que vivem em Portugal decresceu anualmente a um ritmo superior a 50 mil pessoas.
Em 2011, viviam em Portugal 10,542 milhões pessoas, abaixo das 10,575 milhões de 2009 e 2010, revelam as estimativas de População Residente em Portugal, dadas a conhecer esta terça-feira pelo INE.
À cabeça das razões para este decréscimo estão os valores negativos do saldo natural (diferença entre nascimentos e óbitos) e do saldo migratório.
Apesar da queda do número de nados vivos e de óbitos, o índice de fecundidade registou uma recuperação ligeira (para 1,23 filhos por mulher, face a 1,21 em 2013).
Já os valores da emigração superiores aos da imigração penalizam pelo quarto ano consecutivo o número de residentes. O número estimado de emigrantes temporários continua a ser superior ao de emigrantes permanentes e cresceu 10 mil no espaço de um ano, para 85 mil.
Do total de população estimada em 2014, as mulheres permanecem a maioria entre a estrutura populacional portuguesa: 5.451.156, 'versus' 4.923.666 homens.
O INE dá nota da continuação do envelhecimento demográfico dos últimos dez anos, que atribui à descida da natalidade, do aumento da longevidade e ao recente impacto da emigração.
Alexandre Frade Batista
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