"A mensagem é clara e foi bem entendida. Não é um êxito para os partidos do governo. Respeitaremos o resultado", disse Bettel, um liberal de 42 anos que chegou ao governo no final de 2013.
As outras duas perguntas do referendo também foram recusadas: a redução do direito ao voto para 16 anos (80,87% "não") e a limitação a dez anos consecutivos dos mandatos dos ministros (69,93% "não").
À frente de um governo de coalizão com os socialistas e os Verdes, Bettel fez campanha até o sábado a favor do "sim", defendendo "mais democracia (...) juventude e diversidade".
"Não haverá um antes e um depois após o referendo", lamentou. "Mas há um só Luxemburgo, uma só sociedade na qual devemos conviver", declarou ontem.
Eram esperados nas urnas 244.380 eleitores luxemburgueses, de uma população total de 565.000 habitantes.
Outorgar o direito de voto aos estrangeiros que residem em Luxemburgo há mais de dez anos afetaria 46% da população, principalmente europeus, em primeiro lugar portugueses, que representam 16,4% da população. Os estrangeiros não europeus constituem 7% da população.
Os luxemburgueses temem a diluição de sua influência na sociedade, levando-se em conta que os estrangeiros já são indispensáveis à economia desse país localizado entre França, Bélgica e Alemanha.
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