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Rádio dá imagem errada do dinamismo da comunidade lusa na Venezuela
2009-06-25
1º Encontro nacional do Clube das Comunidades Sociais Luso-venezuelanas reuniu mais de uma dezenas de profissionais

A maioria dos espaços radiofónicos produzidos na Venezuela e cujo público alvo são os luso-venezuelanos usam estilos do passado e passam "uma imagem errada do dinamismo da comunidade lusa", segundo a conselheira Maria de Lourdes Almeida.

"Há que actualizar o formato dos programas radiofónicos, porque fazem o mesmo que se fazia há dezenas de anos: põem discos de música 'pimba' e folclore e passam telefonemas, o que projecta uma imagem errada do dinamismo da comunidade portuguesa na Venezuela", disse.

Maria de Lourdes Almeida falava à Agência Lusa à margem do 1º Encontro nacional do recém criado Clube das Comunidades Sociais Luso-venezuelanas, evento que reuniu mais de uma dezenas de profissionais.

Durante o encontro, Lourdes Almeida lançou um debate sobre "O bom português: dever do comunicador social luso-venezuelano", em que salientou a importância da ética profissional e alertou para a necessidade de "cuidar o modo como se usa a Língua portuguesa", lamentando que sejam poucos os programas radiofónicos e televisivos que falam da cultura portuguesa.

Em declarações à Agência Lusa, Adé Caldeira, um dos promotores da iniciativa, explicou que "o grupo nasceu há um mês, no Facegroup".

"Surgiu da necessidade de criar uma rede contactos de profissionais, reforçar a união entre nós, permitir o conhecimento mútuo e debater temas relacionados com as nossas actividades", esclareceu.

Por outro lado, sublinhou que há mais de 60 inscritos, na sua maioria estudantes de Comunicação Social em Universidades venezuelanas.

Qualquer adesão pode ser feita através da Internet, no endereço http://www.facebook.com/group.php?gid=81340029332.

Em debate estiveram temas como o uso da Agência de Notícias Lusa como principal fonte de informação, as dificuldades de alguns meios de comunicação social no acesso a fontes e aos programas da visita de representantes do Governo português à Venezuela, além da necessidade de maior cooperação entre os profissionais da comunicação social luso-venezuelana.

Os participantes aprovaram a criação de uma comissão coordenadora executiva transitória e a transformação do clube numa associação civil sem fins lucrativos e reuniões trimestrais.

O evento contou com o apoio do Banif e representantes do jornal Últimas Notícias (Fala, suplemento de informação luso-venezuelana), da Rádio Arcoense, Circuito Alianza FM, programa Ritmo Lusitano, e ainda da Associação de Luso-descendentes da Venezuela.

DNOTICIAS.pt, aqui, acedido em 25 de Junho de 2009.

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