Os dados constam do "Factbook 2014", uma publicação do Observatório da Emigração que compila indicadores sobre o tema e que hoje foi tornada pública.
No documento salienta-se que dos 16 países de destino dos portugueses 10 são europeus, como Reino Unido a liderar em 2013 ao receber 30 mil nacionais. Entre 2012 e 2013 o número de entradas de portugueses no Reino Unido cresceu 47 por cento.
Também em 2013, o segundo país a receber mais emigrantes foi a Suíça (20 mil), seguindo-se a França (18 mil) e a Alemanha (11 mil). De fora da Europa são os países africanos os mais procurados, Angola como quinto país de destino e Moçambique como sétimo.
Diz o Observatório que os países onde vivem mais emigrantes portugueses são a França e a Suíça, responsáveis por mais de metade das remessas recebidas em Portugal (que subiram 10 por cento entre 2012 e 2013). Portugal foi o 29.º país do mundo que mais remessas de emigrantes recebeu em 2012, diz-se no documento.
Reportando-se a 2013 e citando dados das Nações Unidas e do Banco Mundial, o Observatório diz que em 2013 estavam emigrados entre dois milhões a 2,3 milhões de portugueses, representando 20 por cento da população residente no país, sendo Portugal o que na União Europeia tem mais emigrantes, em termos relativos.
Em 2013 terão emigrado 110 mil pessoas, quase três vezes mais do que em 2001, sendo que atualmente é uma emigração mais qualificada, tendo no mesmo período aumentado cerca de 50 por cento a percentagem dos diplomados (para países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico -- OCDE).
Contas feitas a França continua a ser o país do mundo com mais portugueses, mais de meio milhão, e no Luxemburgo 30 por cento dos habitantes em 2011 eram portugueses. Que entre 2008 e 2013 não emigraram para Espanha (variação negativa de 21 por cento) e preferiram destinos como Brasil, Noruega, Alemanha e Reino Unido.
Numa década, de 2003 a 2013, os países onde mais cresceram as aquisições de nacionalidade foram o Luxemburgo (22 por cento), a Espanha (nove por cento), a Suíça (sete por cento) e a Alemanha (cinco por cento), ainda de acordo com o Observatório da Emigração.
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