"Estou convencido que o 'call center' poderá estar a funcionar em abril, se não houver algum problema. Estamos a falar de um concurso público e às vezes há problemas de natureza legal e tudo deve ser devidamente salvaguardado", disse à Lusa o secretário de Estado.
José Cesário fez estas declarações à margem da abertura oficial da 3.ª edição do "Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora", que decorre em Lisboa até ao sábado.
Na quarta-feira, o deputado Paulo Pisco (PS) enviou uma pergunta ao Governo sobre os problemas que estão a ocorrer no consulado-geral de Estugarda, nomeadamente a falta de funcionários e de recursos e ainda a promessa de instalação de um 'call center'.
"O concurso público para os serviços de atendimento, vulgo 'call center', está neste momento a terminar. Os serviços da casa, do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), farão a apreciação dos diversos candidatos, das empresas que se candidataram e, posteriormente, teremos a instalação deste serviço", referiu José Cesário.
"Tenho fé que este serviço venha a resolver uma grande parte dos problemas que tem aquele posto consular", acrescentou o político.
Segundo o deputado Paulo Pisco, a situação no consulado-geral de Estugarda é "desesperante", pois nos últimos anos o número de funcionários passou de onze para seis e o atendimento através de marcações prévias podem demorar até quatro meses.
Além disso, os consulados de Frankfurt e Osnabrück foram fechados em 2012.
O parlamentar socialista explicou que o consulado-geral em Estugarda serve agora cinco estados federados alemães e faz hoje mais do dobro dos atos consulares que fazia em 2011, passando de cerca de 7 mil para mais de 14 mil.
"Eu recordo que até pouco tempo, alguns consulados tinham problemas gravíssimos de atendimento e por causa deste tipo de decisões (a implatação de call center), felizmente conseguimos resolver parte dos problemas existentes", afirmou, citando os casos do Rio de Janeiro e do Luxemburgo.
Hoje, durante a abertura da 3ª edição do "Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora", José Cesário também participou na tomada de posse dos órgãos sociais da recém-criada Federação das Associações da Diáspora.
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