No total, são mais 2.580 alunos em relação ao ano letivo anterior. O número de alunos nas escolas da comunidade continua a diminuir, mas a decida é compensada pelo aumento nos cursos do ensino regular, sobretudo na zona da Nova Inglaterra.
PUB
O adjunto de Coordenação de Ensino em Nova Iorque, António Oliveira, acredita que "os números estão de acordo com a conjuntura e refletem o momento" atravessado na emigração portuguesa e no ensino da língua no país.
"Os alunos no ensino integrado subiram este ano, o que é fruto do trabalho da Coordenação e do apoio e atenção que o instituto dedica a este tipo de ensino, pois mantemos uma forte ligação aos distritos escolares e continuamos a sensibilização para a importância do português como língua internacional", explicou António Oliveira.
Um dos grandes objetivos do Instituto Camões é, assim, aumentar o número de escolas do ensino regular que oferecem português nos seus currículos.
Um dos caminhos possíveis é a assinatura de protocolos com os estados, como o que Portugal tem com o estado de Massachusetts, desde os anos 1990, e com o condado de Miami, na Flórida, desde 2012.
"Nas áreas coordenadas por este gabinete, esperamos assinar um outro acordo em breve e continuamos as negociações para assinar mais dois", garantiu António Oliveira à agência Lusa.
Por outro lado, o número de alunos nas escolas da comunidades continua a diminuir, embora a descida pareça ter estabilizado.
Nas regiões consulares de Boston, New Bedford e Providence, por exemplo, apenas se perderam 10 alunos desde o último ano letivo.
"Com o fim da emigração portuguesa para os Estados Unidos, o número de alunos nas escolas comunitárias desceu ligeiramente, mas até houve zonas onde foram criados novos cursos, o que prova que o ensino do português como língua de herança continua a ter um papel muito importante", defendeu o responsável do Camões.
Outra novidade no ensino do português no país são os exames de certificação, que os alunos tiveram oportunidade de fazer pela primeira vez no ano passado, e que oferecem a certificação segundo o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (QECRL).
Este ano, houve um aumento do número de alunos que fizeram os testes a todos os níveis de ensino, desde a iniciação (A1) ao secundário (C1).
O Instituto considera os resultados "muito positivos."
"Os exames são sempre um teste não só às capacidades dos alunos, mas também à qualidade do ensino ministrado nas suas escolas, por isso temos de nos congratular com estes resultados", explicou António Oliveira.
Ver Noticias ao Minuto, aqui.